Autocontrole: 4 dicas para desenvolver na hora de realizar compras!

Autocontrole: 4 dicas para desenvolver na hora de realizar compras!

Exercer o autocontrole no momento das compras pode ser uma tarefa difícil. A variedade de itens disponíveis, a sofisticação dos anúncios e a baixa sensação de perda de dinheiro causada pelos métodos remotos de pagamento são complexidades deste tempo. 

Os tempos contemporâneos se sobressaem da era moderna quando se trata da expansão do mercado consumidor e poder de compra da população. Os hábitos de consumo não mais se restringem às necessidades básicas, ganhando valor existencial. 

Em grande parte da História das civilizações, o ato de comprar esteve atrelado a itens de subsistência mais básicos como comida, bebida, remédios e tecidos para proteção contra intempéries. Assim, o “consumir” tornou-se um sinônimo de sobreviver. 

A produção em larga escala, possibilitada pela Revolução Industrial, permitiu o arrefecimento destas demandas mais básicas, inundando o mercado de uma oferta de produtos jamais vista. 

Ademais, as tecnologias empregadas na cadeia produtiva estenderam a validade dos itens. 

As mercadorias perecíveis passaram a conter aditivos que expandiram seu tempo de vida em dias e até meses, viabilizando a construção de complexas malhas logísticas que transportaram recursos entre regiões de longa distância. 

A transformação no modo de gerar mercadoria provocou um efeito em cascata sobre o comportamento de produtores e consumidores, onde o primeiro elemento foi severamente afetado pela nova e acirrada concorrência de fachada com led

Integrar mercados locais em uma rede mundial de compra e venda de itens desviou a atenção dos consumidores da satisfação de necessidades fisiológicas em direção à busca por preencher demandas sociais e existenciais.

A pluralidade de opções forçou empresas e produtores ao estímulo da criatividade e construção de um valor abstrato que destaque seu produto em relação aos demais. Deste modo, nasce o conceito de marca. 

O cenário dos mercados globais, acentuado pelas ferramentas portáteis que permitem conexão e a instalação de internet, desenvolve um relacionamento complexo entre marca e cliente, dois personagens com características humanas nas pontas da negociação. 

Aplica-se psicologia às operações de compra e venda, busca-se entender os anseios que estão por trás do processo decisório humano para a construção de teorias do marketing e da publicidade, aproximando mente e carteira. 

Sob estas condições, o consumidor é alvo de diversas campanhas persuasivas, junto a um alto fluxo de informações que provoca sensações de ansiedade e perda. Neste cenário, onde alegria e angústia se misturam, o autocontrole fica em segundo plano.

Algoritmos e consumismo

A organização dos espaços virtuais foi um processo gradativo nos últimos vinte anos de estabelecimento da internet no cotidiano da maior parte da população. O grande volume de dados da web exigia uma bússola eficiente para torná-lo legível. 

Neste contexto surgem os algoritmos, sequências de instruções que coordenam a exibição, agrupamento e manutenção de tudo o que existe nas interfaces virtuais. Os algoritmos indexam resultados de busca, exibem anúncios e conteúdo audiovisual nas telas. 

O sucesso destas operações foi possível com a compreensão do comportamento do usuário, ou seja, a observação e rastreamento das preferências do indivíduo que navega na web, desenhando um padrão que reflete a rotina e personalidade de pessoas reais. 

Considerado um vilão quando se trata das discussões sobre a privacidade em espaços online, os algoritmos selecionam o tipo de anúncio entre os milhares publicados diariamente de acordo com seus conhecimentos sobre um usuário por etiqueta adesiva transparente

Para o consumidor, a demonstração deste processo se dá na multiplicação de anúncios de determinado item logo depois que este pesquisa por um modelo em uma ferramenta de busca por conteúdo. A publicidade direcionada se fortalece conforme a ação se repete. 

A segmentação de público realizada pelos algoritmos da tecnologia digital é útil ao facilitar a navegação para o usuário básico, não especializado em ferramentas de arquitetura virtual. No que tange ao consumo, a prática estimula a compra desenfreada. 

Conhecendo seus limites

Desenvolver o autocontrole no momento das compras é uma tarefa que exige disciplina e seriedade, onde o indivíduo é confrontado a observar seus limites e agir sobre isso, evitando situações que o induzam a um comportamento vicioso. 

Entender o funcionamento dos algoritmos é essencial para analisar as raízes por trás do desejo compulsivo de comprar. A dinâmica das redes sociais e a importância do envolvimento social nas relações virtuais operam um papel vital nos hábitos de consumo. 

O consumidor deve observar quaisquer discrepâncias entre a percepção da realidade no momento em que usa a internet, em comparação ao experimentado no mundo real. Efeitos como o medo de ficar de fora alteram o julgamento do usuário da web. 

A adoção de uma rotina diária é um modo de reorganizar prioridades, estabelecer limites e nutrir comportamentos mais saudáveis. O indivíduo que sofre com o alto impulso de consumo pode beneficiar-se com a aplicação de 4 iniciativas: 

  • Plano de gastos mensal;
  • Atividades para redução de estresse; 
  • Metas de longo prazo; 
  • Meios lentos de pagamento. 

Modificar os hábitos de consumo exige a manutenção de uma rotina por tempo suficiente para que ela se torne um hábito a substituir o antigo. O conjunto de práticas que um indivíduo nutre define o destino de seus gastos e o valor de suas prioridades. 

1. Definição de um plano de gastos mensal

Estabelecer um limite de gastos que leve em consideração critérios como despesas prioritárias, gastos com lazer e percentual de investimento contribui para um maior entendimento das finanças e o consumo consciente. 

Através da esquematização das despesas mensais, o consumidor efetua ajustes, analisa marcas em adesivo para logotipo, substitui fontes e produz um resultado melhor, adquirindo produtos de qualidade maior a um custo menor. 

A organização de gastos mensais também possibilita a formação de um fundo de emergência, uma quantia em dinheiro a ser sacada a qualquer momento, correspondente às despesas essenciais em um período mínimo de seis meses. 

2. Inclusão de atividades para redução do estresse

O consumo compulsivo está associado a condições ligadas ao estresse. Por ser uma atividade que estimula a produção de substâncias que desencadeiam sensações de alegria, prazer e relaxamento, o indivíduo estressado recorre à prática como um escape. 

O estresse pode ser causado por uma intensa rotina de trabalho em escritório planejado, má alimentação, problemas ligados ao sono, conflitos familiares e desordens mentais como depressão e ansiedade. Para tratar uma compulsão, é necessário observar sua raiz. 

A inclusão da prática de um novo esporte, passeios com a família e amigos, um roteiro de viagem ou o desenvolvimento de um hobby compõem um conjunto de formas saudáveis de aliviar o estresse e melhorar a qualidade de vida. 

O impulso para a compra de um novo aparelho pode ser retido ao substituí-lo pela contratação de serviços de conserto para antigos equipamentos. Um conserto de apple watch é uma solução mais barata do que a compra de um item novo. 

3. Introdução de metas de longo prazo

Um conselho para a disciplina diária é fazer a cama assim que acorda, todos os dias. A razão por trás da medida é o modo de funcionamento da mente humana. O setor racional do cérebro, responsável pela motivação, aprecia o cumprimento de metas. 

Grande parte do pensamento consciente gira em torno do planejamento de longo prazo, isto é, a projeção de cenários futuros. A compra de um computador novo de alta eficiência exige o ato de poupar dinheiro por meses. Esta é uma meta de longo prazo. 

Além de auxiliar na economia, estabelecer uma meta demorada é um modo de assegurar a motivação conforme as semanas e meses passarem e os desejos de retorno aos hábitos antigos se fizerem presentes. 

Poupar dinheiro para uma viagem é menos doloroso ao pensar na viagem. Imaginar a alegria de cumprir a meta e atingir o objetivo é um método inteligente de utilizar os mecanismos do cérebro a favor do indivíduo. 

4. Uso de formas lentas de pagamento

Decisões tomadas rapidamente costumam ser impulsivas, guiadas por demandas emocionais e ratificadas por uma intuição que por vezes pode estar viciada. A eficiência dos meios de pagamento online aceleram a decisão da compra, prejudicando o julgamento. 

Uso de métodos menos eficientes, como o uso de boletos bancários e dinheiro físico, oferecem ao consumidor um intervalo maior para refletir sobre sua compra. Para aqueles que sofrem com a compulsão, os minutos salvos podem fazer uma grande diferença. 

Em uma sala privativa, o cliente de uma empresa é um indivíduo comum que se pergunta sobre a necessidade real da aquisição do produto, as motivações por trás da compra e as alternativas disponíveis. A partir de então, a compra é efetivada ou cancelada. 

Conclusão

Desenvolver a motivação necessária para o autocontrole é uma tarefa gradativa e difícil, visto que as tentações de compra são numerosas e as facilidades aproximam vitrine e consumidor. No entanto, os benefícios do esforço atingem o bolso e a mente. 

A transformação dos hábitos de consumo tem grande impacto sobre a saúde financeira das pessoas, facilitando o acesso ao crédito, reduzindo riscos de inadimplência e tornando a renda mensal menos vulnerável às oscilações do meio externo. 

Esse texto foi originalmente desenvolvido pela equipe do blog Guia de Investimento, onde você pode encontrar centenas de conteúdos informativos sobre diversos segmentos.

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