Franquia: o meio termo entre negócio próprio e a carteira assinada

Franquia: o meio termo entre negócio próprio e a carteira assinada

As franquias, também chamadas de modelo de franchising, já fazem parte do “mundo dos negócios” do brasileiro há algum tempo, porém foi nesses últimos anos, por conta da crise que afetou a economia brasileira, que muita gente se viu obrigada a mudar seu sustento, pois o desemprego afetou muita gente.

Um pouquinho de história…

A palavra franchising, que foi traduzida no português por franquia, tem origem na palavra francesa “franchise”, com o termo “fran” se referindo a “concessão de um privilégio ou de uma autorização”. Esse conceito vem desde a Idade Média, quando a cidades “francas” ou “franqueadas” eram cidades de livre circulação de pessoas e de produtos. Nestas cidades, os soberanos ofereciam as chamadas “Lettres de franchise” para as pessoas que pagassem certo valor, em troca destas cartas de liberdade de trânsito ou de comercialização de produtos ou serviços. A este tipo de pagamento podemos dizer que derivou-se o termo “royalties”, que significa real, relativo a reis e soberanos.

Já o termo inglês “franchising” apareceu no século XIX, na Revolução Industrial, referindo-se à concepção liberal de afiliação a uma empresa líder de mercado e ao contrato que materializava esta afiliação.

Porém, foi apenas no século XX que foi criado algo mais parecido com o conceito de franquias hoje. Nesta época, as empresas podiam conceder a uma filiada o privilégio o exercício de uma atividade numa dada região, através do pagamento de uma renda mensal ou anual. Foi no final da Segunda Guerra Mundial que o termo apareceu forte nos EUA, com a ideia de um novo sistema de distribuição de produtos ou serviços.

No Brasil

No Brasil, o sistema de franquias começou a ser utilizado na década e 1960, com o surgimento das escolas de idioma Yazigi e CCAA. Nessa época o modelo se baseava muito mais na transferência de know-how através de materiais didáticos. Foi na década de 1970 que o modelo ficou mais organizado e diversas marcas passaram a adotá-lo como estratégias de expansão, com a entrada de marcas como O Boticario, Ellus e Água de Cheiro. Marcas americanas, como o McDonald’s também entraram no mercado brasileiro a partir desta época.
Em 1987, com o boom das franquias, foi criada a Associação Brasileira de Franchising (ABF), para organização do setor. Foi criada mais tarde a lei nº 8.955-1994, obrigando a necessidade do contrato de franchising e de outras providências. Essa regularização foi vista como positiva, aumentando o número de franquias.

Crescimento

Confira abaixo alguns números levantados da ABF, mostrando o crescimento, de forma geral, que as franquias vêm apresentando:

Conforme dito anteriormente, a consolidação do modelo, a criação de leis e a busca por novas oportunidades de renda representam o crescimento destes números. Porém, é fundamental ter em consciência que não é pelo simples fato de ter uma boa marca, bons produtos e serviços por trás que garantirão o sucesso do negócio.

A ideia o sistema de franquia é que pessoas possam aderir a uma marca já consolidada no mercado, ganhando o know-how e as experiências que os donos desta marca vivenciaram. Porém, em contrapartida disto, além dos custos e despesas já existentes em um negócio, como aluguel, estoque, funcionários, gastos com vendas e administrativos, outros custos como royalties (podendo ser fixos ou percentuais sobre as vendas), a taxa de franquia e taxa de publicidade passam a entrar nas contas do franqueado também. Uma boa estratégia e um modelo de gestão são fundamentais para o sucesso do negócio, caso contrário, o que foi visto como um investimento acaba se tornando um prejuízo.

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