A origem do termo Black Friday nasceu no final do século XIX, após duas instituições financeiras terem quebrado no mesmo dia em plena corrida do outo. Outras pessoas já atribuem a origem do termo a policias a Filadélfia na década de 60, se referindo ao dia após o feriado de ação de graças, no qual o trânsito se tornou um caos. Podemos dizer então que Black Friday foi um termo criado pelo varejo dos Estados Unidos para nomear a ação de vendas que ocorre na sexta-feira após o feriado de Ação de Graças. Para muitos, o feriado representa a abertura das compras para o Natal. A data já é praticada em vários lugares do mundo, como é o caso do Brasil.
Por aqui, a Black Friday chegou em 2011 com o portal Busca Descontos, e vem tendo um crescimento ano a ano. Inicialmente o evento foi exclusivamente online, e hoje já ocorre em todo o varejo.
Veja a tabela abaixo comparando o aumento percentual dos números só da Black Friday com o E-commerce como um todo:
| E-Commerce | Black Friday | |
| Ticket Médio | 237% | 165% |
| Faturamento | 332% | 1900% |
| Número de Pedidos | 129% | 150% |
De modo geral, o crescimento da Black Friday vem sendo bem mais expressivo do que o crescimento das compras online ao longo do ano como um todo.
Porém, como uma jogada de marketing e buscando impulsionar suas vendas, vários estabelecimentos usam estratégias não tão interessantes, do ponto de vista do bolso do consumidor:
- Tudo pela metade do dobro
Várias lojas anunciam ofertas em suas produtos, porém, em vários casos, as ofertas são “meramente ilustrativas”, pois são praticados os mesmos preços que já eram praticados antes. Isso faz muita gente pensar que o produto está numa promoção de verdade.
Alguns comércios até abaixam os preços, porém eles reduzem o preço algum tempo antes da black Friday. Chegando mais próximos a data, voltam a subir o preço, e, no dia das liquidações, acabam reduzindo o preço, o mesmo que praticaram pouco antes da “elevação mascarada”. Veja alguns casos abaixo em que os preços foram jogados lá para baixo algumas semanas antes da Sexta Feira Negra.
Portanto, uma boa época para aproveitar descontos são algumas semanas antes da Black Friday!
- Black Friday o mês inteiro
O que inicialmente era uma data única e exclusiva passou a ser um período bem mais longo. O problema é que nem todas as lojas acabam fazendo promoções de verdade, mas sim se aproveitando da data que já está fixada na cabeça dos consumidores para atraí-los.
Veja alguns exemplos abaixo coletados nos primeiros dias de novembro.
Repare que em alguns casos, as lojas já até deixam claro que ainda não é a Black Friday, criando uma nomenclatura especial como “Pré Black Friday”, “Black November”:
Outros sites nem citam que é a Black Friday, mas colocam cores pretas que já acionam o “pIloto automátio” do nosso cérebro:
- Ofertas antecipadas e em primeira mão
Vários sites oferecem locais para seus clientes cadastrem e-mails e receberem em primeira mão ofertas da data especial. Alguns até prometem cupons de desconto e sorteios. Porém, é preciso ver as condições destes:
Vale ressaltar também que as compras devem ser feitas em sites confiáveis. Muita gente se aproveita da data e do impulso das pessoas e acabam aplicando golpes. Não só isso, mesmo as lojas com boa reputação acabam descumprindo vários dos direitos do consumidor, atrasando entregas, vendendo produtos que não têm no estoque, entre outros problemas. Por isso dar uma boa pesquisada na reputação e, quando tiver problemas, entrar registrar as reclamações nos canais de comunicação da empresa, Reclame AQUI e Procon são atividades sugeridas.
Mais do que nunca, essa data merece um planejamento especial. É possível sim, conseguir boas promoções, e até antecipar presentes de natal, porém, conforme vimos, somos bombardeados e incentivados ao consumo.
Seguem alguns sites que são bons para comparar preços entre lojas e ao longo do tempo:
Planeje-se para aproveitar as melhores ofertas no que realmente precisa comprar!
