Dê adeus às TED’s e aos DOC’s. O PIX vem aí!

Dê adeus às TED’s e aos DOC’s. O PIX vem aí!

A evolução da tecnologia trouxe grandes soluções para o mercado financeiro. Basta pensarmos na história do dinheiro, que começou com a evolução do escambo para objetos de valor, como sal, gado e metais preciosos. Foi aí que surgiram as moedas. Na sequência, estas moedas ficavam guardadas com os ourives, que, davam um recibo, estes que acabaram resultando no papel moeda. Depois vieram os cheques, os cartões, os caixas eletrônicos e o internet banking.

Ou seja, transacionar dinheiro ficou muito mais rápido e fácil. Quem é responsável por tudo isso é o chamado Sistema de Pagamentos Brasileiro, que nada mais é do que um conjunto de procedimentos, regras, instrumentos e operações, que, integrados, dão suporte por meio eletrônico à movimentação financeira entre os diversos agentes econômicos do mercado. Um dos grandes marcos deste sistema foi a criação do DOC e da TED.

As TED’s e os DOC’s

O DOC é a sigla para Documento de Ordem de Crédito. Trata-se de uma forma de transferir dinheiro de uma instituição financeira para outra. De acordo com a regulamentação do Banco Central, o DOC pode transferir até R$ 4.999,99 por transação, e o serviço pode ser feito na agência, no caixa eletrônico ou no internet banking.

Já a TED é a sigla para o termo Transferência Eletrônica Disponível. Ela foi criada em 2002, na circular nº 3.115 do Banco Central. Num primeiro momento ela só era válida para transferências acima de R$ 5.000, e posteriormente R$ 250. Em 2016 esse limite deixou de existir.

A grande diferença entre a TED e o DOC se dá em relação ao dia em que o dinheiro é transferido. O DOC só é transferido no dia útil seguinte, enquanto que na TED a transferência é feita no mesmo dia, geralmente em até 30 minutos (porém, para que ocorra no mesmo dia, a transferência deve ser feita até às 17hs, e em dia útil).

Boa parte dos bancos cobra uma taxa para cada TED e cada DOC. Em vários bancos a taxa chega a ser mais de R$ 10 por transferência.

PIX: a nova forma de transferir dinheiro

Com a evolução da tecnologia, a transferência de dados, de uma maneira geral, ficou muito mais rápida e mais barata. Estruturando isso para as transferência bancárias, o Banco Central anunciou que o novo sistema de transferências, o PIX, que será lançado no dia 05 de Outubro deste ano.

Nesta primeira data, serão feitos os cadastros nos sistemas das instituições financeiras. E no dia 16 de Novembro o sistema será lançado oficialmente.

A ideia é que o PIX seja uma alternativa para para formas tradicionais de pagamentos, como as TEDs e os DOCs, os boletos e até às maquininhas de cartão. Os pagamentos serão instantâneos, feitos em poucos segundos (até 10 segundos). E o sistema funcionará 24 horas, 7 dias por semana. Os pagamentos instantâneos poderão ser realizados de três formas:

  • Chaves ou apelidos para a identificação da conta transacional, como o número do telefone celular, o CPF, o CNPJ ou um endereço de e-mail;
  • QR Code (estático ou dinâmico)
  • Tecnologias que permitam a troca de informações por aproximação, como a tecnologia near-field communication (NFC). Os custos das operações de transferência entre contas devem ser reduzidos

Num primeiro momento, os bancos e instituições financeiras estão fazendo um pré-cadastro das chaves, para agilizar o processo.

E é importante ressaltar que você pode ter chaves em todos os bancos nos quais você tem conta, porém, cada chave é exclusiva de cada banco. Portanto, por exemplo, você não pode usar o seu CPF para duas contas diferentes. Por isso, será possível também a geração de chaves aleatórias.

Os custos das operações de transferência entre contas devem ser reduzidos. De acordo com o Banco Central, o custo para as instituições financeiras deve ser de R$ 0,01 para cada 10 transações. Isso deve baratear as transferências para os usuários. E para transferências entre pessoas físicas, a operação não terá custos.

Outra novidade do PIX é a possibilidade de realizar saques em redes de varejo. Estas, além de tudo, terão custos reduzidos nos recebimentos.

De acordo com o Banco Central, todas as instituições financeiras e instituições de pagamentos com mais de 500 mil contas de clientes ativos serão obrigadas a participar do PIX.

As funcionalidades do PIX seguirão o seguinte cronograma:

  • 2020: QR Code, Chave PIX e Inserção manual dos dados
  • 2021: Aproximação, QR Code Pagador, Saque PIX, PISP no PIX, Mecanismo privado de provimento de liquidez
  • 2022: Requisição de pagamento, débito automático
  • 2023: Pagamento com documento

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