TV por assinatura ainda compensa?

TV por assinatura ainda compensa?

Segundo a Agência Nacional de Telecomunicações, a ANATEL, em janeiro de 2017 foi registrada uma diminuição de 105 mil assinantes (-0,56%) em relação ao mês anterior. Em relação à janeiro de 2016, a queda foi de cerca de 1,91%, 364 mil assinantes. Em janeiro de 2017, o Brasil apresentava 18,6 milhões de assinantes, proporcionalmente, a cada 100 casas, 27,18 possuem assinatura de TV a cabo. Essa foi só uma notícia que trazia dados da TV por Assinatura no começo do ano. De lá para cá, tais manchetes estão cada vez mais frequentes.

O comparativo histórico da Associação Brasileira de Televisão por Assinatura, a ABTA, mostra a evolução da TV por assinatura no Brasil e sua recente queda. Nos primeiros anos, entre 2002 e 2006, o número de assinantes ficava numa faixa parecida, não ultrapassando os 5 milhões. A partir de 2007 essa faixa foi superada, e, nos anos posteriores, ocorreu um crescimento elevado ano a ano. Em 2014 o número chegou aos quase 20 milhões, porém, em 2015, foi registrada a primeira queda no número de assinantes. Os principais motivos podem ser atribuídos à crise econômica brasileira e ao fortalecimento do Netflix.

Os principais grupos econômicos de TVs por assinaturas no Brasil são: Telecom Americas (52,18%), SKY AT&T (27,94%), Telefônica (9,05%) e Oi (7,05%).

Planos

Fizemos uma levantamento mostrando a faixa de preços de alguns dos planos oferecidos por esses grupos econômicos (os dados foram obtidos a partir dos próprios sites das operadoras):

Os preços dos pacotes variam de acordo com o número de canais. Os pacotes mais básicos são encontrados a partir de R$ 60 reais, e podem ir até pacotes completos na faixa dos R$ 200.

Nos pacotes mais básicos, podemos dizer que em média, a partir dos canais oferecidos pelas diferentes empresas, a categoria dos canais tem a seguinte divisão: abertos e cortesia (22%), rádios e música (37%), notícias (2%), documentários (5%), Variedades (11%), Infantis (6%), esportes (7%), filmes e séries (11%). Ou seja, se formos considerar os canais abertos, cortesias e de rádios e músicas disponíveis a custo zero, o percentual destes acabam resultando num total de 59%. Número que chega assustar.

Como comparar?

O consumidor se vê com uma série de empresas e opções disponíveis, por isso, é necessário reservar um tempo para escolher o que lhe apresentará o melhor custo benefício. Uma boa ferramenta para escolha do plano é o Melhor Escolha. Trata-se de um comparador, que a partir da região do consumidor, levantará somente os planos disponíveis, com imparcialidade nos resultados e também com um filtro para personalização. Segundo o site, isto pode gerar uma economia de 63%. O Melhor Escolha também faz comparação de planos de internet banda larga e telefone fixo e celular, além de combos. O comparativo dos preços é gratuito e a renda para a empresa vem a partir dos cliques nos sites das operadoras.

Em alguns casos, gastos com TV por assinatura podem estar sendo aqueles típicos gastos desnecessários e que podem estar pesando no orçamento. É importante analisar quais os canais realmente serão importantes, o número de pontos na casa, a necessidade de canais em HD. É muito comum a pessoa ter pacotes completos, com todos os canais de esportes e filmes, porém quase não para em casa para assistir TV.

Há casos em que a família só assiste canais da TV aberta para ver novela, futebol e, no máximo, canais de desenhos para as crianças. Nesse cenário, o gasto com a assinatura, no ano, pode estar sendo, por exemplo, em torno de R$ 2.000, valor bastante considerável caso não esteja sendo bem usado.

Streaming: uma alternativa

Uma boa alternativa que vem ganhando cada vez mais destaque são os serviços de streaming. Estes, para aqueles que buscam filmes, série e documentários, podem acabar valendo mais a pena do que uma TV por assinatura. O Netflix, por exemplo, tem assinaturas variando de R$ 17,90 a R$ 37,90 por mês. O Amazon Prime também funciona no mesmo esquema do Netflix, com recém lançamento no Brasil, com mensalidade de US$ 2,99.

O Brasil também possui um serviço de streaming nacional. Trata-se do Looke. Entre R$ 16,90 e R$ 25,90 por mês é possível assinar o serviço, que oferece uma série de filmes e séries.

Existem também opções gratuitas, como o Youtube e o Crackle.

Uma opção interessante é a de alugar filmes pela internet (como se fossem as videolocadoras 2.0). A Google Play, com títulos a partir de R$ 3,90 e o Itunes são boas opções.

Para aqueles que gostam de assistir tudo pela TV, hoje é possível transmitir o conteúdo online por diversas formas: cabo, Smart TV, dispositivos de entretenimento (exemplo: Apple TV) e os transmissores, estes, meus favoritos. Gosto muito do Chromecast, da Google. Através dele e com uma conexão Wi-fi, você consegue transmitir o conteúdo da tela do seu celular ou tablet para uma televisão.

Em resumo, dependendo do que o usuário busca, ele pode acabar tendo uma boa economia mensal com os gastos com entretenimento. Cabe uma análise do que se deseja e do que o mercado oferece. É sempre válido também olhar a reputação das empresas em sites como o Reclame Aqui.

O Youtube estreou nesse ano o Youtube TV. Trata-se de uma plataforma de streaming que transmitirá programas ao vivo. Por enquanto ele funciona em cinco grandes cidades dos EUA: Nova York, Los Angeles, San Francisco, Chicago e Filadélfia. Alguns dos canais disponíveis são: ABC, CBS, FOX, NBC, ESPN, FX, USA, Disney Channel, Comcast SportsNet. Além disso também será possível gravar trechos de programas, que ficarão armazenados na nuvem.

A programação poderá ser vista por smartphones, tablets, smartTVs e dispositivos como o Chromecast. O valor é de US$ 35 (cerca de R$ 110) por mês, sendo que há o período de um mês para degustação.

A tendência tem sido cada vez mais os conteúdos On Demand, nos quais o telespectador assiste o que quer na hora que quer. Esse ano tivemos também a transmissão de jogos de futebol exclusivamente pelo próprio Youtube,

TV ABERTA X OPERADORAS

Recentemente também houve uma richa entre os canais de TV aberta SBT, Record e RedeTV, empresas do grupo Simba, com as operadoras de TV por assinatura. O motivo inicial foi o desejo desses canais de receber o mesmo valor que os canais fechados recebem (R$ 15 por mês por assinante). Vale ressaltar que o assinante desembolsa em média R$ 40 por mês para ter os canais no seu pacote.

Com o desligamento do sinal analógico na Grande São Paulo, os três canais cortaram seus sinais para todas as operadoras de TV por assinatura, por não terem chegado ao acordo. Negociações estão ocorrendo, porém os canais sentiram na pele a queda de audiência que isso proporcionou.

Alguns meses depois os canais se acertaram com as operadoras, mas essa parece ser uma briga que pode voltar a ocorrer cada vez mais, por conta dessa nova tendência.

KOTAS

Uma boa opção de economia é o site Kotas. Trata-se de uma plataforma para pessoas dividirem a assinatura de serviços, como o Netflix. São criados grupos de assinatura. Uma vez aprovado e completo, o Kotas libera ao administrador as assinaturas compartilhadas, sendo que o próprio site fornece as garantias, cobranças e repasses.

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