BC reduz taxa de juros e Selic cai de 12,25% para 11,75%

BC reduz taxa de juros e Selic cai de 12,25% para 11,75%

O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central definiu na última quarta-feira, dia 13 de dezembro, o novo patamar da taxa básica de juros do país, a taxa Selic. O grupo se reúne a cada 45 dias para definir a trajetória dos juros. O principal objetivo é fazer com que a inflação oficial do país, medida pelo IPCA, fique dentro da meta definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN). Na reunião desta terça (12) e quarta (13), o Copom reduziu a Selic em 0,5 ponto percentual. Com isso, a taxa básica de juros está em 11,75% ao ano, antes 12,25%. O especialista em investimentos, Renan Diego, explica que a redução já era prevista pelo mercado, que apostava em um corte de 0,5 ponto percentual, nos moldes da reunião anterior.

“Conforme expectativa do mercado a taxa básica de juros reduziu mais uma vez e provavelmente terá mais redução para 2024, tendo em vista estarmos com uma taxa de inflação baixa e em alguns meses até uma deflação, não faz sentido continuarmos a taxa Selic nos patamares que estava acima dos 12% ao ano”, ressalta Renan, à frente da escola digital Produtividade Financeira, por onde já educou mais de 6 mil brasileiros sobre finanças pessoais e investimentos.

Esse é o quarto corte seguido da taxa, que começou a recuar na reunião que aconteceu no início de agosto. Na ocasião, o Comitê de Política Monetária reduziu a Selic de 13,75% para 13,25%. O corte havia sido o primeiro em três anos. Antes, a última queda havia sido registrada em agosto de 2020.

Para a analista da Money Wise Research, Cleide Rodrigues, como a bolsa de valores tem uma relação inversa com a taxa de juros, esse  é um excelente momento para se posicionar em bolsa porque a tendência dos ativos é de valorização. “Alguns setores são bastante sensíveis à taxa de juros e, com a continuidade da queda da Selic, podem se beneficiar, especialmente o varejo e a construção civil. Contudo, é importante ressaltar que não se trata de investir em qualquer empresa desses setores, mas sim em empresas com fundamentos sólidos”, pontua.

Já para Renan Diego é um bom momento para investir em ativos de renda fixa prefixados e ativos renda variável, como Fundos Imobiliários e Ações, porém com cautela e aos poucos: “Não adianta querer tirar o dinheiro todo da renda fixa agora para ir para a bolsa de valores, faça isso aos poucos, busque mais conhecimento e jamais tire a sua reserva de segurança da renda fixa, independente de quanto esteja a taxa Selic, pois segurança não se negocia.” explica o expert e educador.

Segundo Ivan Eugênio, analista da Money Wise Research, o que estamos presenciando nesse momento são títulos pagando cada vez menos. Tanto CDBs, quanto LCI, LCA, especialmente no que tange aos pré-fixados e aos títulos híbridos. Aqueles em que parte do prêmio está pós-fixada e outra parte pré-fixada, como por exemplo os IPCA’s .Mas, ainda que pague menos, o investidor tem que considerar ter uma posição em renda fixa para que ele tenha um portfólio mais equilibrado, pensando no retorno de toda a sua carteira de investimento. “Tem que conhecer bem o seu perfil e o seu objetivo. Renda fixa continua sendo excelente para objetivos de  Curto e médio. Agora, o investidor tem que ter também um cuidado, pois os títulos que pagam mais normalmente são aqueles emissores que não têm uma boa qualidade de crédito. Ainda que haja proteção aqui do FGC, do fundo garantidor de crédito, o investidor tem que ter muito cuidado em se expor a emissores de baixa qualidade”, finaliza.

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