A Black Friday é sua amiga ou inimiga?

A Black Friday é sua amiga ou inimiga?

A Black Friday movimenta bilhões todos os anos e promete repetir o desempenho em 2025. No ano passado, a data somou R$ 9,4 bilhões em faturamento, segundo levantamento divulgado pela Exame, e deve ultrapassar os R$ 13 bilhões neste ano, de acordo com estimativa da Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (ABComm).

Mas, enquanto as vitrines piscam descontos e ofertas relâmpago, o alerta dos especialistas é claro: o maior risco não está nas promoções, e sim na empolgação.

Rodrigo Mandaliti, presidente do IGEOC (Instituto de Gestão e Excelência Operacional em Cobrança), explica que a data pode ser uma grande aliada do bolso, desde que o consumidor adote práticas de planejamento e evite o “efeito surpresa” nas contas do mês seguinte.

“Ao contrário do que muitos pensam, a Black Friday pode ser vantajosa, mas o desconto precisa caber no orçamento. Quando a compra é feita por impulso, o que parece economia pode virar o início de uma bola de neve de dívida”, explica Mandaliti.

Entre os produtos mais buscados estão os de maior valor, como geladeiras, fogões, televisores e smartphones. No entanto, a expectativa de descontos pode gerar frustração. “Muitas vezes o abatimento é menor do que parece, ou o produto acaba saindo mais caro ao somar frete e taxas extras. Por isso, é essencial olhar o preço final e não apenas o percentual de desconto”, reforça.

Afinal, como aproveitar as promoções de forma consciente?

O especialista do IGEOC recomenda que o consumidor siga algumas dicas simples para não comprometer o orçamento:

  1. Estabeleça um teto de gastos: antes de sair comprando, defina um valor máximo que você pode gastar sem comprometer o pagamento das dívidas já existentes.
  2. Pesquise e compare: verifique o histórico de preços e se o produto realmente está mais barato.
  3. Priorize o pagamento à vista: quando possível, pague os produtos à vista, garantindo o desconto e evitando o parcelamento com juros altos.
  4. Atenção aos custos extras: frete, instalação e outros custos podem encarecer a compra final. Verifique se esses valores são claros antes de fechar a compra.
  5. Use o cartão com responsabilidade: O crédito pode ser um aliado, desde que as parcelas caibam no orçamento e não entrem no rotativo.

“Comprar com consciência é a chave. O desconto não vale a pena se comprometer a renda do mês seguinte. A Black Friday deve ser uma oportunidade de economizar, não de se endividar”, conclui o Mandaliti.

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