As 5 melhores métricas para startups e a relação delas com o fluxo de caixa

As 5 melhores métricas para startups e a relação delas com o fluxo de caixa

O sucesso das startups atrai empreendedores de todos os segmentos, interessados pela promessa de alta expansividade e manutenção de custos mais baixos. 

Com forte integração tecnológica, configura-se como uma das melhores categorias de negócio atuais. 

Este novo modelo de empresa ganhou popularidade com o apogeu da indústria de tecnologia ligada à internet, especialmente, naquilo que está relacionado às plataformas de otimização da experiência do usuário, como sites de busca, redes sociais e lojas online. 

As startups se diferenciam dos modelos tradicionais de negócio por sua capacidade de construir uma estrutura aproveitável por meio da avaliação de ativos.

De modo que os gastos iniciais se mantêm estáveis mesmo após anos de empreendimento. 

Um aspecto comum destas empresas é seu rápido crescimento a longo prazo, onde as receitas permanecem baixas por um longo período preparatório até que atinja um ponto de inflexão em que seus lucros aumentam vertiginosamente. 

Por isso, investir em uma empresa da área é desenvolver um produto que atenda às necessidades do consumidor no presente e futuro próximos, exigindo do fundador uma visão de longo alcance e aplicação constante de métricas de desempenho. 

O singular fluxo de caixa das startups

É do conhecimento geral a afirmação de que as startups não operam como uma empresa comum. Na realidade, seu modo de angariar receitas é bastante singular. 

As startups que hoje formam os maiores conglomerados industriais do mundo, começaram suas atividades com uma dezena de funcionários, em um pequeno escritório. 

O modelo organizacional e o endereço comercial virtual, no entanto, permaneceram iguais. 

A capacidade de aproveitamento da estrutura inicial é pensada desde o planejamento de suas atividades, tarefa que inclui a definição de ciclos de trabalho, modelos de contratação, métricas de desempenho e software de gestão para pequenas empresas

Portanto, o patrimônio líquido inicial de uma startup, isto é, o investimento de sócios e proprietários em uma empresa, que vai sustentá-la em seus primeiros meses ou anos de funcionamento, é rigorosamente delimitado e mantido, mesmo com o negócio em expansão. 

O desenvolvimento de produtos é realizado através da aplicação de metodologias personalizáveis, como o modelo Ágil, voltado para o desenvolvimento de software e projetos de comunicação visual sob demanda. O objetivo é gerar valor rapidamente. 

Por isso, o capital de giro das startups deve ser o mais livre possível, posto que seus lucros dependem da relevância do que é desenvolvido, partindo do princípio de que startups trabalham com a inovação de bens que já existem ou criação de novos. 

Este aspecto caracteriza as startups como negócios de alto risco, que podem passar seus primeiros anos com um retorno muito baixo até que atinjam seu estágio ideal. 

Sabendo isso, conclui-se que o fluxo de caixa das startups, em geral, é caracterizado por: 

  • Severo controle de gastos; 
  • Baixa variação periódica de passivos; 
  • Longos estágios de pouca ou nenhuma receita; 
  • Investimento inicial mais alto que a média. 

Muitas destas empresas iniciam seus trabalhos com equipes integradas, posicionadas em coworking sala privativa ou sob a modalidade remota, reduzindo os custos com manutenção de espaços, como imóveis, garagens ou pátios. 

O aproveitamento de espaço físico e redução de passivos não-circulantes na propriedade da empresa é outra característica singular das startups, como modo de focar seus investimentos no pagamento de salários e aprimoramento dos equipamentos. 

As startups estão espalhadas pelos ramos da alimentação, transportes, produtos financeiros, serviços de comunicação visual, acessibilidade, esportes e intermediários industriais para outras empresas. 

O empreendedor deve observar as características da proposta de seu negócio, planejando detalhadamente a operação de sua startup em seus primeiros meses e anos, integrando os aspectos basilares deste tipo de negócio com as demandas do mercado a ser explorado. 

Métricas de desenvoltura para startups

As startups podem ser beneficiadas com métricas de desempenho que auxiliem a manutenção do fluxo de caixa.

De modo a poupar mais do patrimônio líquido e manter uma boa margem de capital de giro no início do negócio. 

Alguns dos melhores exemplos de KPIs, acrônimo para indicadores de desempenho ou “Key Performance Indicator”, geram impactos profundos sobre o fluxo de caixa a partir da ação em outros setores da empresa, enquanto há KPIs especializados neste aspecto. 

1 – Tempo de ciclo (Order Cycle Time)

Usado para definir o tempo médio entre um pedido e a entrega do produto, o tempo de ciclo é melhor aplicado nas startups B2B.

Em outras palavras, startups que trabalham com soluções para outras empresas (Business To Business). 

A importância de mensurar este intervalo entre pedido e compra está relacionada à satisfação do cliente, aspecto imprescindível para o sucesso de uma startup, por meio do cultivo de consumidores fidelizados, transformados em embaixadores da marca. 

Em um endereço comercial virtual, uma startup B2B enfrenta um tempo naturalmente maior de negociação até a entrega do produto, posto que estes casos são caracterizados por uma alta personalização do item e uma maior percepção de risco. 

Além de melhorar a satisfação do cliente e reputação da marca, analisar o tempo de ciclo facilita os ajustes na estrutura de trabalho necessários, de maneira a manter seu máximo aproveitamento. 

OCT para o fluxo de caixa

Esta métrica é uma ferramenta que combate o desperdício de recursos durante o período de fabricação, desenvolvimento ou ajuste de um produto às especificações do cliente, além da observação do desempenho logístico. 

O tempo de ciclo funciona como um termômetro que aponta possíveis problemas em qualquer parte de uma cadeia de produção, aumentando a efetividade do dinheiro aplicado e analisando padrões de aquisição de receitas pelo fluxo de caixa. 

2 – Custo de aquisição do cliente

Mais urgente que o OCT, o custo de aquisição do cliente é uma relação entre os recursos investidos em todo o processo de atração do consumidor, fator que envolve técnicas de publicidade e marketing, atendimento e logística. 

O investimento no cliente é então, analisado com base no retorno que este cliente oferece para a empresa, buscando por um saldo positivo, negativo ou neutro. 

O custo de aquisição do cliente pode ser por vezes confundido com o Retorno sobre o Investimento. 

Outra métrica importante para avaliar o desempenho de uma startup, o ROI é um indicador mais geral, analisando os custos totais de produção de um artigo, como equipamentos para fachada de loja, não apenas os custos relacionados à atração do cliente. 

CAC e o fluxo de caixa

Erros durante o processo de atração do cliente representam uma das principais causas para o esgotamento do fluxo de caixa, especialmente quando os resultados são aparentemente positivos. O CAC evita o reforço de alguns vieses cognitivos. 

Um aumento na procura por um produto específico, contemplado por uma nova campanha de marketing, pode causar uma impressão de sucesso no ambiente interno da empresa. 

O custo de aquisição é capaz de avaliar o real impacto da campanha. 

3 – Ponto de equilíbrio

O ponto de equilíbrio é o cálculo do valor mínimo a ser gerado pelas receitas da startup, de modo a cobrir todas as despesas da empresa. 

O valor final alcançado pode ser convertido em porcentagem, com o valor de 100% comparado a receita real. 

Diferente de outros cálculos, o ponto de equilíbrio vai levar em consideração as despesas que não estão relacionadas à produção dos artigos vendidos ou serviços prestados, incluindo gastos periódicos com manutenção de passivos não circulantes. 

Os recursos investidos na criação de uma fachada comercial moderna, por exemplo, são incluídos no ponto de equilíbrio. 

A soma destes valores são divididos pela margem de contribuição, isto é, as despesas diretamente ligadas ao produto ou serviço prestado. 

Ponto de equilíbrio para o fluxo de caixa

O ponto de equilíbrio é uma métrica comparativa, útil para analisar o potencial de autofinanciamento do fluxo de caixa. 

Convertendo o resultado do cálculo em aproveitamento de 100%, mede-se o quanto a receita se aproxima desse ideal. 

4 – Taxa de retrabalho

A taxa de retrabalho é uma conhecida KPI do desenvolvimento de software, voltada para a análise de desperdício de recursos tangíveis e intangíveis em uma cadeia de produção. O indicador é também utilizado no contexto industrial geral. 

Retrabalho é a necessidade de repetir uma tarefa já realizada, causada pelo mau desempenho da atividade. 

O retrabalho inutiliza peças, dobra o tempo de fabricação e reduz drasticamente a produtividade dos colaboradores. 

Taxa de retrabalho para o fluxo de caixa

A taxa de retrabalho é essencial para o fluxo de caixa, uma métrica que compara o valor estipulado durante o planejamento da atividade, e os recursos de fato utilizados durante a produção do item, identificando gargalos no fluxo de caixa. 

5 – Endividamento

O endividamento é uma KPI financeira que analisa o percentual de ativos retidos para o pagamento de passivos circulantes, como salários, empréstimos e outras dívidas. 

Consiste na divisão entre o total de ativos pelo total de passivos, multiplicado por 100. 

A taxa de endividamento é chamada desta forma por ser apresentada sob a forma de porcentagem. 

Esta KPI deve ser analisada periodicamente e fixado um limite seguro, já no planejamento inicial do negócio. 

Taxa de endividamento para o fluxo de caixa 

O impacto do endividamento no fluxo de caixa de uma startup é devastador, sendo imprescindível a análise constante desta relação. 

A apresentação em porcentagem permite uma visão mais ampla da variação entre receitas e despesas. 

Conclusão

Portanto, as métricas para análise de desempenho das startups são necessárias para a manutenção do fluxo de caixa, sem o qual o projeto pode ser inviabilizado em seus primeiros meses de operação. 

Construir uma cultura organizacional que preza pelo monitoramento das atividades e aplicação de adaptações para otimização das atividades é um aspecto indissociável das startups, um modelo de negócio orientado para a máxima produtividade. 

Esse texto foi originalmente desenvolvido pela equipe do blog Guia de Investimento, onde você pode encontrar centenas de conteúdos informativos sobre diversos segmentos.

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