O que é spread bancário?

O que é spread bancário?

O spread bancário é um termo que costuma assustar quem não entende do assunto, mas para cuidar bem das finanças, é fundamental entender um pouco mais sobre ele.

Ele está relacionado com os juros bancários que as pessoas pagam ao fazer empréstimos e financiamentos com os bancos. Mas mesmo estando presente no cotidiano dos clientes, há quem ainda não saiba diferenciá-lo dos demais juros bancários.

Algumas pessoas não conhecem bem os termos relacionados às finanças, mas sabem que é importante entender a economia e os impactos que ela traz para os recursos financeiros de pessoas e empresas, mostrando a importância de conhecer o spread bancário.

Essa operação está constantemente presente na vida de qualquer pessoa que utiliza serviços bancários de alguma maneira. Ou seja, boa parte da população, visto que, hoje em dia, todo mundo precisa ter uma conta ativa no banco.

É por meio dela que as pessoas recebem seus salários e conseguem crédito para fazer transações. Logo, para manter as finanças equilibradas, é necessário conhecer tudo o que rodeia o universo bancário.

Por isso, neste artigo, vamos definir spread bancário, mostrar como é feita a diferenciação dos juros, além do impacto dele na vida das pessoas. Acompanhe!

Conheça o conceito de spread bancário

O spread bancário nada mais é do que a diferença entre os juros que os bancos pagam quando o cliente faz um investimento, como no caso da poupança, e os juros cobrados uma pessoa solicita um empréstimo ou financiamento.

Ao aplicar o dinheiro na poupança, se o rendimento for de 5% ao ano, e o banco cobrar 25% ao ano para fazer um empréstimo, o spread bancário será de 20%, pois: 25 – 5 = 20.

Diversas empresas, como um fabricante de catracas de acesso e pessoas comuns precisam se atentar ao spread bancário porque quanto maior ele for, maior será o lucro do banco em suas operações.

Além disso, quando o spread é muito alto, os juros também serão para as diversas modalidades de empréstimos. Muitas pessoas questionam essa diferença grande entre o que o cliente recebe ao investir e o que ele paga se emprestar dinheiro.

Por conta disso, o spread bancário acaba sendo visto com maus olhos por muitas pessoas, entretanto, isso não pode ser encarado como verdade absoluta.

Isso porque existem custos que o cliente não consegue enxergar, mas que, no fim das contas, são fundamentais para estruturar a economia.

Como o spread bancário é calculado?

Além da diferença entre o que o banco paga para captar o recurso e o quanto ele cobra para emprestar dinheiro, a distinção dos juros bancários dependem de alguns custos embutidos. São eles:

1 – Custos administrativos

Um empreendedor que precisa de um empréstimo para investir em centrais na nuvem para o seu negócio vai pagar juros sobre o valor, que incluem custos administrativos, como:

  • Segurança;
  • Agências;
  • Caixas eletrônicos;
  • Salários;
  • Aluguéis.

Esses e outros serviços são fundamentais para as instituições financeiras e entram no spread bancário.

Por essa razão, muitos clientes percebem que os empréstimos oferecidos por fintechs e bancos digitais possuem juros mais baratos, uma vez que essas empresas não precisam arcar com os custos físicos de uma agência.

2 – Compulsório e encargos

O Banco Central utiliza o depósito compulsório para controlar o dinheiro que faz parte da economia. É uma determinação legal e obrigatória para todos os bancos e instituições financeiras.

Trata-se de um depósito referente à parte das captações em poupança, depósitos a prazo e depósitos à vista.

Cerca de 0,0125% é recolhido pelo Fundo Garantidor de Crédito (FGC), do valor dos depósitos em instituições filiadas.

Ele funciona como um mecanismo de proteção aos clientes, tanto correntistas quanto poupadores e investidores, para que possam recuperar seus recursos, em casos de falência ou liquidação.

Tanto o compulsório quanto o Fundo Garantidor de Crédito estão embutidos no valor do spread bancário.

3 – Impostos diretos

Durante o processo de abertura de empresa simples, se o empreendedor precisar fazer um empréstimo, o spread também vai levar em conta os tributos, como:

  • Imposto de Renda;
  • Contribuição Social sobre o Lucro Líquido;
  • Programa de Integração Social;
  • Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social.

O Imposto sobre Operação Financeira (IOF) também é pago pelo cliente, pois segundo os bancos, esse imposto ajuda a reduzir o rendimento do aplicador e encarece os custos para o tomador.

4 – Obtenção de lucros

Qualquer banco, físico ou digital, cooperativa de crédito e fintechs, são organizações que precisam remunerar empresários e acionistas que investem nelas.

Para garantir o lucro dessas pessoas, o valor precisa integrar o spread bancário, o que pode elevar um pouco os juros.

5 – Inadimplência

O Brasil é um dos países com as mais altas taxas de inadimplência, para se ter uma ideia, em 2019, cerca de 63,2 milhões de pessoas possuíam contas atrasadas.

A consultoria contábil do banco oferece uma margem de risco, toda vez que um cliente solicita um empréstimo, é ela quem garante a segurança do banco, caso não receba o valor de volta.

O risco de não receber também entra no cálculo do spread bancário, por essa razão, muitas instituições financeiras consideram esse o principal fator para elevar o spread.

O que encarece o spread bancário?

Problemas estruturais e macroeconômicos são os principais responsáveis pelo alto spread bancário do Brasil.

O que mais pesa, de fato, é a inadimplência, assim como a grande concentração do mercado financeiro no país.

O que leva a entender que o brasileiro pode ser considerado inadimplente, pois mais de 40% da população adulta está com alguma conta atrasada, e isso eleva os riscos para as instituições financeiras.

A concentração bancária também acaba impactando a alta no spread aplicado no Brasil, uma vez que o país conta com 5 grandes bancos responsáveis por boa parte das operações de empréstimos e financiamentos.

Em países onde a concorrência é maior, uma empresa de aluguel de salas comerciais consegue negociações mais em conta, por isso, as pessoas devem valorizar a entrada de bancos digitais e fintechs.

O Brasil também possui níveis elevados de tributos e eles inflam o spread bancário nacional. A concentração bancária possibilita que o banco repasse os custos dos impostos para as pessoas que precisam fazer algum tipo de empréstimo.

Por fim, outro fator que eleva é o crédito direcionado, fornecido pelos bancos públicos para pessoas físicas e jurídicas, com finalidades específicas.

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) é um exemplo disso, assim como no caso do crédito rural e do financiamento habitacional.

Especialistas em economia acreditam que um número elevado de crédito direcionado, principalmente por parte dos bancos públicos, reduz o volume disponível para os investidores.

Como consequência, há uma redução do capital para outras atividades, levando a um aumento dos juros.

Tanto para uma escola de curso intenções na prática quanto para uma pessoa, o spread bancário pode trazer muitos impactos.

Quais são os impactos do spread bancário?

Quanto maior é a taxa de juros, maior é o incentivo para que as pessoas deixem seu dinheiro em uma aplicação financeira. Agora, quando a taxa de juros é menor, as pessoas se sentem incentivadas a consumir mais.

Elas também produzem em maior escala, as empresas crescem e surgem mais oportunidades de trabalho. Em outras palavras, quanto maior é o spread, menos as pessoas vão consumir, fazer empréstimos ou qualquer tipo de financiamento.

A redução do spread, por sua vez, incentiva o surgimento de novas empresas de educação profissional em outros segmentos, sendo muito importante para que diversas atividades econômicas se tornem mais atrativas.

Essa redução também traz impactos positivos na vida das pessoas, pois diminui o número de dívidas e facilita a sua negociação.

Se as oportunidades de crédito são atrativas, a percepção das pessoas melhora e elas passam a utilizar os serviços oferecidos pelos bancos e financeiras.

As organizações também podem aproveitar para aumentar sua produção e gerar empregos. É importante dizer que existe a possibilidade de diminuir o spread bancário.

Para isso, é necessário abrir o mercado, reduzir o compulsório, ter mais transparência nos serviços de empréstimo, criar leis claras em relação à liquidação de bens de garantias, dentre outras medidas essenciais.

Assim, pessoas e empresas dos mais diferentes ramos, como um fabricante de caderno personalizado, têm acesso a créditos variados.

Conclusões finais

O spread bancário é um valor que interfere nos juros de empréstimos e investimentos dos bancos e instituições financeiras em geral. Ele pode ser afetado por uma série de fatores e gera impactos na vida das pessoas e das empresas.

Neste artigo, você entendeu um pouco mais sobre esse assunto e compreendeu um pouco mais sobre as diferenças entre os juros. É uma forma de estar atento ao seu dinheiro e protegê-lo dos juros bancários.Esse texto foi originalmente desenvolvido pela equipe do blog Guia de Investimento, onde você pode encontrar centenas de conteúdos informativos sobre diversos segmentos.

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