Geralmente, quando uma empresa pensa em otimizar processos e fazer economias, várias são as ideias que ocorrem, até o corte de funcionários. Contudo, algo bastante eficiente e que pode ser feito de tempos em tempos é reduzir os custos logísticos.
Obviamente, esse processo não pode nem deve comprometer a qualidade da logística, já que ela diz respeito a elementos fundamentais de qualquer empresa, como a qualidade de produtos, prazos de entrega e até uma espécie de ativo financeiro.
Além disso, há vários motivos para otimizar o processo logístico de um negócio. Um dos principais é garantir as melhorias constantes, como redução nos prazos citados, além de qualidade de vida e segurança dos colaboradores.
Imagine, por exemplo, uma fábrica de material de pintura, que lida com matérias-primas e lotes chegando o tempo todo, sendo transportados daqui para lá. É preciso muita disciplina, atenção e cumprimento de normas para que tudo ocorra com segurança e eficiência.
Além disso, num mercado cada vez mais competitivo como é o nosso, as novidades não param de chegar, tanto no sentido de maquinários e hardwares que podem melhorar processos, quanto no sentido de softwares e novos profissionais.
Por isso, a empresa que quiser ficar na frente da concorrência, continuar conquistando clientes novos e fidelizando os antigos, certamente precisará se preocupar com isso. Por fim, temos a questão das crises, que foram recorrentes nas últimas décadas.
Em cenários assim, a otimização de processos gerais e a economia de recursos se torna uma obrigação não apenas no setor logístico, mas em todos os setores da empresa. Bem como em todos os segmentos, de indústrias até quem faz locação de ônibus.
Mas será que os gestores e empresários estão preparados para tudo isso? Foi pensando nesse tema que decidimos escrever este artigo, que traz as seis principais dicas de como reduzir os custos de logística em qualquer corporação.
Para ficar por dentro deste universo incrível e aprender bastante sobre o assunto, basta seguir adiante na leitura.
1. Como fazer um bom planejamento?
Tudo começa por um bom planejamento, não é mesmo? Com a otimização de custos logísticos não é diferente, então o primeiro passo de todos é pensar de forma estratégica, em vez de simplesmente sair mudando isto e aquilo sem antes refletir.
Ao contrário do que pode parecer, muitos gastos e desperdícios têm a ver com falta de ordem, e não apenas com questões de tecnologia ou eficiência de máquinas.
Por exemplo, às vezes uma empresa precisa solicitar duas vezes o mesmo serviço de moto entrega, seja no dia, na semana ou no mês (depende do tamanho de cada um). Mas o fato é que o ideal é organizar as remessas com base nisso.
Qualquer atraso ou falta de organização ocasionaria uma demanda a mais do serviço, percebe? Ou seja, não se trata de trocar de parceiros, de investir em maquinários nem nada assim, mas de estratégia, de planejamento e de visão macro.
Outro exemplo clássico é o das empresas que fazem entregas e trabalham com caminhões, carros ou mesmo com motos.
Se elas operarem abaixo do limite de carga, certamente no médio prazo os prejuízos vão se acumular, desde gastos com combustíveis até desvalorização dos automóveis.
2. Por dentro da automação de empresas
Falando sobre médio e longo prazo, e sobre planejamento, é preciso salientar o poder que a automatização de processos tem de mudar uma empresa de patamar.
Pensando bem, hoje até as residências investem nisso, que é a automação residencial, capaz de implementar controle remoto e programação de funções como luzes, câmeras e até cortinas. Imagine, então, como isso é importante para uma corporação.
Embora alguns vejam isso como um “gasto a mais”, na verdade se trata de um investimento. Se uma empresa trabalha com sacola de tecido personalizada, ela pode investir em automatização para crescer.
De fato, é possível multiplicar em várias vezes a capacidade produtiva, com isso podendo atender mais clientes, gerar mais receita e mais lucro para o negócio. Tanto que muitas empresas contraem dívida para investir em automação.
No setor logístico a automação pode ser ainda mais revolucionária, já que hoje existem várias máquinas que substituem o trabalho humano. Nesses casos, além de aumentar a produtividade, a economia de gastos também cresce bastante.
Uma dica de ouro é saber a hora de investir, para não “trocar os pés pelas mãos”, como se diz. Por exemplo, só fazer dívidas se já houver negócios fechados de antemão, entre outros cuidados que são essenciais.
3. O poder da tecnologia de softwares
Além da automatização no sentido de máquinas, esteiras industriais ou mesmo hardwares (computadores, tablets, etc.), é preciso pensar na automação em termos de softwares, que são programas e aplicativos que podem ajudar e muito.
Hoje essas aplicações começam no próprio pátio da empresa, que precisa se organizar, estocar de modo coerente, respeitar ordem de entrada e de saída, racionalizando o processo logístico inteiro, do começo ao fim.
Tudo isso já é suficiente para gerar várias reduções de custos, por ajudar a evitar despachos atrasados, pedidos errados e troca de objetos, por exemplo.
Para isso, os programas trabalham com dispositivos inovadores, bem como com soluções tradicionais, como etiqueta de patrimônio e códigos de barras.
Depois, os softwares e aplicativos se estendem para fora do pátio e da empresa, quando os carros já estão nas ruas realizando a operação diária. Hoje o avanço dos GPSs (Global Positioning System, ou Sistemas de Posicionamento Global) é incrível.
É possível traçar rotas levando em conta o percurso que vai ser traçado, a quantidade de subidas que cada itinerário oferece, as condições da estrada e daí em diante. Sempre levando em conta os pontos de parada e de abastecimento.
Portanto, investir em automação e implementação de softwares e aplicativos é um dos caminhos mais curtos para uma logística eficiente, enxuta e econômica.
4. A estratégia do “estoque mínimo”
Certamente, não é possível falar sobre logística sem focar no estoque, não é mesmo? Pensemos numa empresa que trabalha com luminária LED grande, que é um produto que tem bastante apelo atual, e vende muito.
É possível que haja um galpão inteiro só focado em estocar esse produto e todas suas variáveis. Isso precisa levar vários fatores em conta, tais como:
- Contas fixas;
- Funcionários;
- Custos do espaço;
- Novas aquisições;
- Manutenção;
- Seguro do local;
- Entre outros.
Portanto, antes de “sair estocando” produtos, mesmo que isso possa dar uma impressão de precaução e certa tranquilidade, é preciso colocar a questão na ponta do lápis.
É claro que na hora da produção qualquer falta de matéria-prima pode ser prejudicial, assim como os itens vendidos precisam ser entregues o mais rápido possível. Mas há alternativas para resolver isso.
Aí é que entra o “estoque mínimo”. Ele não tem a ver com diminuir o volume apenas, mas com fazer isso levando em conta o caso a caso.
Assim, as empresas trabalham com a ideia de just in time, fechando parcerias e agendas que permitem estocar menos, sem prejudicar a linha de produção e de despachos.
5. Cursos e capacitação de funcionários
É muito comum falar em otimização de processos e redução de custos logísticos olhando para equipamentos, maquinários e tecnologia como um todo.
Mas tem um elemento que não pode ficar de fora de nenhuma equação: a força de trabalho. Afinal, os colaboradores conhecem as boas práticas do segmento deles e do mercado como um todo?
Certamente, um motoboy expresso que faz as entregas da empresa, e que portanto está no fim da linha do processo logístico, precisa seguir regras internas do negócio. Mas também precisa cumprir, por exemplo, leis de trânsito.
Por isso, capacitar as equipes é um caminho seguro para garantir não apenas maior segurança e eficiência, mas também redução de custos.
Afinal, um simples estoque mal feito, ou falta de atenção com um prazo de validade, pode gerar desperdícios enormes.
6. Bônus: sempre respeitar a legislação
Falando em leis de trânsito e afins, também é importante salientar que sempre vale a pena cuidar das várias questões legislativas que um negócio pode implicar.
A primeira delas é a da segurança do trabalho, que no caso do setor logístico responde à ABNT, em sua resolução 28003, de 2016, responsável por quaisquer Sistemas de Gerenciamento de Segurança para Cadeias Logísticas.
Ao trabalhar com locação de empilhadeira elétrica, por exemplo, uma empresa precisa levar esses fatores em conta. Certamente, isso também impacta na própria receita, uma vez que crises podem gerar ônus para o negócio, inclusive ônus jurídico.
A mesma situação vale para todos os segmentos, cada um deles com suas normas e técnicas específicas, ligadas a cuidados de estoque e de movimentação de carga. Eles podem ir desde alimentação congelada até indústria química ou petrolífera.
Finalmente, essas seis dicas deixam claro que é perfeitamente possível reduzir custos de logística, e com isso tornar qualquer empresa muito mais eficiente e sustentável.
Esse texto foi originalmente desenvolvido pela equipe do blog Guia de Investimento, onde você pode encontrar centenas de conteúdos informativos sobre diversos segmentos.