Todas as pessoas que pensam em investir visando o longo prazo precisam construir uma reserva de emergência. Mas o que é a reserva de emergência?

Antes de compreender, com detalhes o que é a reserva de emergência, é importante entender o investimento de longo prazo.

Investir em produtos que vão permanecer na carteira por dois, três e até dez anos, é algo complicado, principalmente quando existe a possibilidade de ter gastos acima da média.

É muito difícil não acontecer alguma situação, na qual, a pessoa terá gastos superiores a sua. Por isso, é importante ter dinheiro à disposição.

O que é reserva de emergência?

A reserva de emergência são valores que estão disponíveis para financiar momentos de necessidade.

Por exemplo: vão dar início a uma manutenção no prédio, e o condomínio vai subir R$ 300,00 por cinco meses. Esses cinco meses serão facilmente pagos por meio dos valores que estão na reserva de emergência.

 O carro quebrou e a manutenção será de R$ 2.000,00. Tal gasto pode ser financiado com a utilização da reserva de emergência.

Enquanto a maior parte do patrimônio do investidor está alocada em ativos de médio e longo prazo, os recursos da reserva de emergência precisam estar em ativos extremamente líquidos e de fácil acesso. Sem falar que o ativo que os recursos estão aplicados, precisa ser seguro.

Como funciona a reserva de emergência?

Os valores que ficarão disponíveis para eventuais emergências, precisam estar aplicados em um ativo de fácil acesso, grande liquidez e boa segurança.

A rentabilidade deve ser a melhor possível. Visto que a liquidez e a segurança são pontos relevantes, a rentabilidade não será uma das maiores, mas sim em média com o mercado.

Algo como 100% do CDI (taxa do Certificado de Depósito Interbancário) já está ótimo. Ao identificar qual produto financeiro se encaixa melhor em sua reserva de emergência, o investidor pode começar alocar recursos em tal aplicação.

Vale destacar que é bom avaliar qual será o tamanho da reserva de emergência. Um bom parâmetro é fazer um valor equivalente à renda mensal. Por exemplo: uma reserva de emergência com cinco salários, ou menos ou mais.

Essa definição é importante, para conseguir determinar qual será o tamanho da reserva para depois, focar as atenções nos investimentos de prazo maior e que poderão correr mais riscos.  

Porque fazer uma reserva de emergência?

A falta de liquidez em investimentos de prazo mais longo pode prejudicar o caixa do investidor.

Com pouco dinheiro disponível, a partir do momento que uma emergência acontecer, o investidor terá sérias dificuldades para conseguir financiar o reparo.

É por isso que é importante construir uma reserva de emergência. Com uma boa reserva o investidor sempre terá capital para financiar compras de produtos, prestações de serviços e qualquer necessidade.

Outra funcionalidade da reserva de emergência está ligada à possibilidade de manter, tranquilamente, valores investidos a longo prazo.

Como os recursos aplicados a longo prazo tendem a render mais, é preciso focar grande parte do patrimônio em tais investimentos.

Assim, a possibilidade de ganhar mais é maior. Mas, para isso, o investidor precisa ter tranquilidade no curto e médio prazo.

Então, a reserva de emergência serve exatamente para isso. A partir do momento em que o investidor constrói uma reserva, os recursos ali estarão sempre disponíveis para qualquer eventualidade.

Quais investimentos utilizar na reserva de emergência?

Dentre as opções que existem no mercado com excelente liquidez, boa rentabilidade e segurança, são:

·         Tesouro Selic;

·         Fundos de Selic Simples

·         CDB

O Tesouro Selic é uma das primeiras opções, por ser um investimento extremamente seguro e com ótima rentabilidade.

Para ter acesso às letras do Tesouro Selic, basta o investidor abrir uma conta em uma corretora. Depois é só acessar o portal do Tesouro Direto e fazer as aquisições.

Foque em letras do Tesouro Selic com vencimento curto. Com pouco mais de R$ 100,00 já é possível investir nas letras.

Depois temos os fundos de Selic Simples, que são fundos de renda fixa, mas isentos de taxa administrativa. Como tais fundos investem predominantemente em letras do tesouro Selic, aqui temos mais uma ótima opção para sua reserva de emergência.

Por fim, há o CDB. Praticamente todos os bancos possuem algum CDB com liquidez diária e rentabilidade de 100% do CDI. Há bancos menores que oferecem opções pagando até 110% do CDI.

Porém, fique atento às opções. O CDB tem garantia do FGC (Fundo Garantidor de Crédito), mas tal garantia é menos interessante do que a segurança que o Tesouro Nacional oferece nas letras do Tesouro.

Conclusão

As pessoas que têm receio a respeito do futuro e gostariam de se “blindar” das incertezas da vida, precisam ter uma reserva de emergência.

Para os investidores que visam aplicações de rendimento mais longo e com expectativas mais longas de resgate, a reserva de emergência é uma necessidade.

Se algo acontecer no curto e médio prazo, esses investidores estarão seguros com suas reservas de emergência.

Sem a reserva, uma eventualidade pode forçar o investidor a resgatar valores que não estão sendo avaliados a um bom preço no momento, ou comprometendo planos para determinadas aplicações.

Para evitar todas essas situações, o bom é construir uma reserva de emergência e controlar bem as finanças.