Entra ano e sai ano, mas tem algumas coisas que não mudam nunca, como a importância de organizar as próprias finanças. Afinal, se não fizermos isso, ninguém vai fazer por nós, sendo que as consequências podem ser bastante sérias.
De fato, muito equivocadamente, alguns pensam que só as grandes empresas precisam de cultura financeira e de organização de suas economias. Na verdade, pequenos negócios, famílias e mesmo quem mora sozinho também precisa disso.
Claro que a organização de uma casa guarda várias diferenças em relação à consultoria contábil de uma grande indústria, por exemplo. Mas o curioso é que, no fundo, os princípios são os mesmos, como o de fluxo de caixa ou balanço mensal.
Seja qual for o tamanho das finanças, sempre vai haver um fluxo ou controle com duas colunas, sendo uma a de entrada de recursos e outra a de saídas e gastos. O resultado dessa fórmula simples precisa permanecer no azul (ou no verde).
É daí que vem a famosa história de dizer que determinado caixa ficou “no vermelho”. No caso das empresas, a coluna de entradas pode incluir desde o valor das vendas até recebíveis de eventuais investimentos que ela faça em títulos e afins.
No caso das finanças pessoais, essa coluna geralmente é alimentada apenas pelo salário das pessoas que compõem a renda da casa. O mesmo vale para a saída, que em empresas costuma apresentar números altos, mas em casa é bem menos.
A própria demanda por serviços é bem menor e não costuma ir muito além de elementos já conhecidos, como aluguel, água e luz, internet, cartão de crédito, mercado, convênio médico, escola das crianças, e daí em diante.
Já uma empreiteira que faz reforma de ponto comercial pode apresentar gastos milionários, como quando ela contrai alguma dívida de médio e longo prazo, que passa a fazer parte de seu fluxo mensal, debitando altos valores da conta.
Em todo caso, seja pessoalmente ou profissionalmente, as finanças sempre envolvem questões muito delicadas para qualquer pessoa, já que a própria responsabilidade nos leva a nos preocuparmos bastante com essa dimensão da vida.
Inclusive, uma das piores coisas que pode acontecer para alguém é a pessoa entrar em fases instáveis economicamente. Hoje já existe até um quadro clínico reconhecido nesses casos, que é o de “dinheirofobia”.
Não no sentido de fobia pela presença do dinheiro, mas justamente por sua falta. Infelizmente, o brasileiro não é conhecido por ser muito previdente, mas sim gastador e pouco chegado a poupanças e investimentos pessoais.
Assim, acaba se tornando ainda mais fácil a pessoa cair na situação em que as preocupações e falta de recursos são tão grandes, que isso impacta a vida psicológica do indivíduo, gerando estresse, ansiedade ou mesmo angústia e depressão.
No caso de um negócio não é tão diferente, especialmente quando falamos da área de empresa de consultoria tributaria. Manter os impostos em dia é o mais indicado, ou os problemas com a Receita Federal podem se tornar bastante desgastantes.
Lembrando que boa parte dos motivos pessoais para organizar as finanças em 2022 tem a ver com impostos também. Basta lembrarmos do IPTU (Imposto Predial e Territorial Urbano), que todo mundo paga, em casa própria ou alugada.
Ou ainda, do IPVA (Imposto Sobre Propriedade de Veículo Automotor), que já representa um peso a mais para quem tem um ou mais veículos. Por isso mesmo é que elaboramos este conteúdo especial sobre o assunto.
Além de dicas práticas que vamos aprofundar abaixo, nosso foco também é deixar bem claro qual é a importância de ter uma vida financeira organizada, mostrando as consequências positivas que isso pode ter, e as negativas no caso contrário.
Também é por isso que utilizamos vários exemplos práticos, para ilustrar melhor a situação e ajudar qualquer um a compreender do que se trata, nem que precisemos comparar algo com as finanças de uma empresa de reformas comerciais, por exemplo.
Diante disto, se o seu interesse mais genuíno e urgente é compreender de uma vez por todas como fazer a organização de suas finanças para 2022, com isso melhorando várias dimensões da sua vida, então basta seguir até o fim da leitura.
Conceitos e importância
Há vários motivos pessoais para organizar as próprias finanças, que vão além da segurança e saúde mental que isso pode proporcionar.
Por exemplo, o fato de que dificilmente alguém vai chegar a construir algo no decorrer da vida sem essa capacidade de organização e até de economizar e saber ser previdente, pensando sempre no curto, médio e longo prazo ao mesmo tempo.
Os exemplos clássicos são, naturalmente, o parcelamento de uma casa ou um carro, que realmente podem chegar a mobilizar mais de 50% da renda familiar, e por isso mesmo, exigem muita organização e até certo conhecimento teórico.
Outros motivos vão além da questão pessoal, como a economia do país. O Brasil é conhecido por sofrer constantemente com inflação, recessos e até mesmo crises mais graves.
Desse modo, se você não se prevenir e fizer sua parte, nem sempre poderá contar com alguém para ajudar, ou mesmo com programas do governo.
Ou seja, assim como para uma empresa de aluguel de escritórios questões macroeconômicas ligadas com a construção civil e com o setor primário podem fazer toda diferença, também há fatores amplos que influenciam nossa vida pessoal.
Além do que, geralmente, a falta de organização gera não uma indiferença ou um estágio mediano, mas sim a desorganização e perda do controle financeiro. Tanto que existe um órgão que pesquisa esse tipo de problema.
Trata-se da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo, que em sua última PEIC (Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor) verificou que mais de 70% das famílias brasileiras estão endividadas.
As pendências ou inadimplências mais constantes giram em torno de:
- Prestação de imóveis;
- Prestação de veículos;
- Cartão de crédito;
- Financiamentos gerais;
- Cheque especial;
- Empréstimos bancários.
Entre tantas outras fontes de endividamento que podem impactar qualquer um de nós a qualquer momento.
Como vimos, há fatores que fogem ao nosso controle, como o aumento da inflação ou do IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) nos últimos anos, que pode impactar desde alimentação até produtos como pintura de fachada residencial.
Mas também vimos que, justamente por isso, é preciso ter um autocontrole e o domínio da situação, pois mesmo em épocas de crise, se você se conscientiza de que o gatilho está em suas mãos, fica mais fácil atravessar fases difíceis.
Daí a importância de você começar a tomar nota de tudo, o que já vale como dica prática para dar os passos iniciais na direção correta. Use papel e caneta, ou uma tabela no computador e no celular, e comece a calcular toda entrada e toda saída.
Depois de ganhar esse domínio, aí é que entram os demais conselhos no sentido de você realmente se organizar e ganhar uma margem maior de segurança e ação.
Pense em ganhos extras
Um modo incrível de organizar as finanças e ficar em paz consigo ou com a família é procurando gerar algum tipo de renda extra.
Isso é assim pois muitas vezes pensamos que o problema está em gastar menos, quando também pode estar em ganhar mais, caso não haja grandes desperdícios em sua vida.
Há mil e uma maneiras de fazer isso, desde a venda de docinhos aos fins de semana até um trabalho freelancer que, obviamente, não exija que você deixe seu trabalho oficial.
Por exemplo, um contador pode fazer um bico na área de projeto condomínio residencial, cuidando da parte financeira ou para o próprio condomínio onde mora.
Uma vantagem enorme disso é que assim você também já começa a poupar dinheiro, que é um dos pontos rs nisso tudo, justamente para cobrir imprevistos ou época do ano que são mais caras, como o primeiro mês do ano e as férias.
Lidando com as dívidas
Uma dúvida muito comum quando o assunto é organização das finanças é sobre como lidar com dívidas que já estão em curso, às vezes com juros mensais altos.
Sem dúvida, simplesmente deixar de pagar é a pior das opções, embora alguns infelizmente façam isso, às vezes contando com que haja negociação no futuro, mas a chance de não ocorrer é grande. Neste caso, você fica com a dívida multiplicada e o nome sujo.
Então o melhor é negociar no sentido de parcelar novamente o valor total e fazer os juros pararem de correr. Por outro lado, há também dívidas positivas, quando estão sob controle, como para fazer um projeto de reforma residencial.
Nesses casos, basta fazer as devidas contas antes para ter certeza de que é viável contrair a dívida, então você desfrutará de um bem ou serviço que não poderia sem o empréstimo.
Considerações finais
Com isso chegamos ao fim, tendo falado da organização das finanças para 2022 por vários ângulos, sobretudo com dicas sobre ganhos extras e dívidas, que são os pilares principais de entradas e saídas de qualquer fluxo de caixa, mesmo pessoal ou familiar.
Então, basta seguir à risca os conceitos básicos e os conselhos aprofundados acima, para conseguir uma situação muito mais favorável e tranquila.
Esse texto foi originalmente desenvolvido pela equipe do blog Guia de Investimento, onde você pode encontrar centenas de conteúdos informativos sobre diversos segmentos.