Projeção da taxa Selic tem alta novamente e o economista aponta o que pode acontecer

Projeção da taxa Selic tem alta novamente e o economista aponta o que pode acontecer

De acordo com pesquisa Focus divulgada nesta segunda-feira, 20 de maio, analistas têm elevado a projeção da taxa Selic para até 10% para o ano de 2024, com alta pela terceira semana seguida. Para o economista Fabio Ongaro, também CEO da Energy Group, essa elevação se dá por diversos fatores econômicos. “Um dos principais motivos é a previsão de condições financeiras globais mais apertada, juntamente com uma política fiscal mais frouxa no Brasil. Estas condições tornam necessária uma taxa de juros mais alta para controlar a inflação e estabilizar a economia”, comenta o especialista.

Segundo o economista, “a SELIC  pode, portanto, terminar 2024 em dois dígitos, sem considerar as mudanças no cenário econômico, como a manutenção de taxas de juros altas pelo Federal Reserve dos EUA e a forte depreciação cambial, que contribuem para essa projeção. Estes fatores influenciam a inflação e as expectativas do mercado, levando a ajustes nas projeções de taxa básica de juros pelo Banco Central. Normalmente, no quesito taxa básica de juros, o Banco Central tende a seguir o trend dos Estados Unidos”, aponta o economista Ongaro.

Ongaro analisa que, “a alta da taxa Selic para 10% em 2024 pode ter um impacto significativo na economia brasileira. Espera-se que essa medida ajude a controlar a inflação, mas também pode desacelerar o crescimento econômico ao aumentar os custos de empréstimos, o que tende a reduzir o investimento e o consumo. No entanto, a alta de juros pode atrair ou manter investimentos estrangeiros, buscando retornos mais altos em um ambiente de juros elevados, o que poderia ajudar a fortalecer o real frente a outras moedas. Normalmente, isso serve para manter o ambiente brasileiro competitivo com as alternativas estrangeiras, particularmente os USA no quesito investimento estrangeiro. Em caso contrário, poderia aumentar o fluxo de desinvestimentos a favor de outros mercados. O importante é que essas medidas estejam na dose certa e rapidamente amenizadas no momento em que se percebe ter alcançado o objetivo”, conclui.

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