Tarifas Bancárias: não fique refém delas!

Tarifas Bancárias: não fique refém delas!

Um dos custos que faz parte da vida financeira de muita gente, mas que, muitas vezes são esquecidos, ou por parecerem pequenos, quando olhados individualmente, ou principalmente por serem cobrados automaticamente, quase como se fosse um débito automático, são as tarifas bancárias. De acordo com um levantamento do aplicativo Guia Bolso, em 2019 os brasileiros gastaram em média R$ 915,75 em tarifas bancárias.

E quando falamos em Tarifas Bancárias, elas não se resumem a uma única, mas sim, em várias. Veja abaixo cada uma delas:

Taxa de Manutenção de conta (Pacote de Serviços)

 A mais comum das tarifas é a chamada tarifa de manutenção de conta ou também pacote de serviços. Esta é uma taxa cobrada por vários bancos mensalmente, que dá direito a um pacote de serviços, que geralmente inclui determinado número de transferências, saques e extratos. De acordo com o levantamento do Guia Bolso, a média de gasto do brasileiro em 2019 nesta categoria foi de R$ 357,97.

É importante que o usuário avalie o que está incluso no pacote de serviços e ver se ele realmente usufrui os mesmos. Caso contrário, existem dois caminhos para se economizar com esta tarifa. O primeiro deles é por meio da conta chamada de Serviços Essenciais do Banco Central. Ela é uma conta gratuita que possui uma determinada quantidade de serviços essenciais, como cartão de débito, saques, transferências entre contas da mesma instituição, extratos e cheques. De acordo com a resolução 3.919, artigo 2º, inciso I, todos os bancos são obrigados a oferecerem esse tipo de conta para correntistas pessoa física. Caso a pessoa precise usar serviços a mais do que já consta no pacote, ele será cobrado pelo serviço individualmente.

A segunda opção para economizar com a tarifa de manutenção de conta é por meio das contas digitais. Existem várias opções que isentam os clientes desta taxa.

Anuidade de Cartão de Crédito

Outra taxa muito comum, que não está diretamente associada à conta bancária, mas sim a um produto, é a anuidade do cartão de crédito. Apesar do nome indicar que é algo anual, ele é comumente cobrada ao mês, sendo seu valor calculado a partir do valor da anuidade dividido em parcelas. Alguns bancos cobram esta taxa simplesmente pelo fato do cliente ter um cartão de crédito na instituição. Outros só cobram quando a pessoa utilizar o cartão. De acordo com o levantamento do Guia Bolso, em 2019, a média de gastos com esta categoria foi de R$ 339,34 por pessoa.

Assim como no caso da taxa de manutenção de conta, existem várias opções de cartões de crédito que são isentos desta taxa.

Taxa de Transferência

As duas primeiras taxas costumam ser fixas. Todo mês elas acabam aparecendo no mesmo valor. Isto não acontece com as taxas de transferência, também chamadas de TED e DOC. Ambas são taxas cobradas dos clientes que fizerem transferências entre contas de diferentes instituições financeiras. Portanto é uma taxa variável e que, dependendo do número de transferências que a pessoa faz, pode ter um peso considerável no orçamento. De acordo com o levantamento do Guia Bolso, a média de gastos em 2019 com essa tarifa foi de R$ 159,38.

Para economizar com esta taxa, a primeira opção é buscar um pacote de serviços que inclua um número adequado de transferências de acordo com a realidade de cada um. A outra opção também vai de encontro com as contas digitais, já que, boa parte delas cobra valores abaixo da média nesta taxa ou ainda há aquelas que não cobram por esse tipo de serviço.

Tarifa para Saque

Muita gente não percebe, mas sacar dinheiro pode resultar em tarifas. Pela conta de Serviços Gratuitos do BACEN, o correntista tem a quatro saques gratuitos por mês. Superando este número, cada operação de saque é cobrada. Nos pacotes de serviços, o número de saques inclusos pode aumentar. Cabe a cada um ficar por dentro de quantos saques gratuitos tem por mês e se policiar e se planejar para evitar gastar muito com isso. De acordo com o levantamento do Guia Bolso, a média de gasto com essa categoria em 2019 foi de R$ 34,92.

Algumas contas digitais não cobram este tipo de taxa, e, para sacar o dinheiro, já que estes bancos não possuem agências físicas, usa-se os caixas eletrônicos do Banco 24 Horas.

Tarifa para Extrato

Por fim, temos a tarifa para impressão de extratos. Determinadas quantidades destes extratos estão inclusas nas cestas de serviços, porém extrapolando-se esta quantidade, cada impressão é cobrada. De acordo com o levantamento do Guia Bolso, a média desta taxa em 2019 foi de R$ 6,14.

Para evitar este custo, seja nos bancos tradicionais quanto nos bancos digitais optar pela consulta dos extratos de forma eletrônica, pelo internet ou mobile banking. Além de economizar, cada um estará contribuindo com o meio ambiente.

Opções de economia não faltam. Cabe a cada um identificar quais taxas está pagando, avaliar se está usufruindo do serviço por trás delas, e principalmente evitar pensar que elas têm um valor baixo que não faz diferença alguma para o bolso. Você viu que a média de gasto com tarifas em 2019 foi de mais de R$ 900, o que dá quase um salário mínimo. Não olhe apenas estes gastos individualmente, mas sim, quanto você gasta ao longo do tempo.

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