Startups são modelos de negócios emergentes e inovadores, que contam com o auxílio da tecnologia para alavancar seu desenvolvimento, crescimento e destaque no mercado empresarial.
De acordo com dados divulgados pela Abstartups (Associação Brasileira de Startups), no período correspondente a 2015 até 2019, o número de startups no Brasil passou de 4.151 para 12.727, o que gerou um aumento de 207%.
O número considerável tem mudado o cenário organizacional tradicional. Hoje, com a ajuda da internet e as facilidades de possuir um CNPJ (Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica), os empreendedores têm apostado nesse formato de negócio.
Diferente das companhias tradicionais, que precisam seguir uma hierarquia de cargos e alcançar estabilidade financeira, as empresas emergentes são formadas por pequenos grupos de pessoas que focam, principalmente, em receitas para financiamentos.
Além disso, a principal diferença entre os dois modelos empresariais está na inovação. Enquanto os tradicionais focam em lucros para a sobrevivência do negócio, as emergentes focam em atender, rapidamente, uma demanda de um mercado.
Considerando o fato de que há diversas “dores” de consumidores que precisam ser atendidas, qualquer pessoa que tenha um projeto que vise solucionar alguma delas, pode abrir uma startup e se beneficiar das seguintes vantagens:
- Ter a ideia financiada por uma instituição;
- Conquistar a possibilidade de multiplicar os negócios;
- Não precisar investir em uma grande equipe;
- Possuir flexibilidade para inovar diante de um mercado.
Mas antes de iniciar o próprio negócio e conquistar as vantagens mencionadas acima, é primordial ter em mente o nível de escalabilidade que deseja e qual o tipo do seu projeto, que pode ser Small Business, Scalable, Lifestyle, Social, Large-Company.
Quais os tipos de startups e como elas funcionam?
Existem diferentes formas de abrir uma startup. Em todas elas, é vital saber qual caminho que deverá ser seguido. Muitas vezes, uma empresa surge de um núcleo familiar e em pequena proporção, modelo que hoje é chamado de Small Business.
Esses pequenos negócios, geralmente, são iniciados com um capital individual. Isso pode acontecer, por exemplo, com uma gráfica especializada em impressão de folhetos.
A pequena empresa, que antes era apenas um trabalho informal, teve como investimento inicial as economias de seu idealizador. Para isso, ele investiu a quantia em equipamentos e alguns funcionários.
Apesar de pequena, a startup não deixa de lucrar e prestar serviços locais, porém, um crescimento e expansão não estão em primeiro plano empreendedor criador. Esse cenário costuma ser mais comum do que se imagina.
Segundo estudo realizado pela Radiografia do Ecossistema Brasileiro de Startups, publicado pela Abstartups e Accenture em 2017, 63,5% das empresas pesquisadas eram compostas de um a cinco membros em seu time.
Uma situação semelhante acontece com a abertura de empresa eireli, ou seja, uma empresa individual de responsabilidade limitada. Nesse caso, há apenas um empreendedor envolvido no negócio, sem sócios e uma equipe inicial reduzida.
Diferente dessas pequenas opções de negócios, existe também o modelo conhecido como Scalable, que são empresas que já exercem o pleno funcionamento, mas precisam de financiamento para um determinado projeto.
A busca por um novo nível de execução pode acontecer em qualquer segmento de startups. Nessa situação, a empresa emergente busca uma maior escalabilidade e expansão das ofertas em seus serviços.
A startup oferece diversos aprendizados na modalidade online, porém, todos possuem o mesmo nível, do básico ao intermediário, e com pequenas durações. Além disso, o foco principal está somente no ensino de idiomas, como inglês e espanhol.
Em contrapartida, com a presença de um mundo cada vez mais globalizado, conectado e influenciado pelas facilidades da internet, a empresa sentiu a necessidade de abrir uma nova categoria de serviços, a de cursos profissionalizantes.
Para isso, precisava de um financiamento para iniciar esse novo projeto focado na especialização profissional de seus clientes e conquistar uma maior produtividade e lucratividade.
Outro tipo de insight pode mover a criação de uma startup, como o Lifestyle, que tem como combustível a paixão do empreendedor pela sua função e especialidade, e não a busca por lucros, como é o objetivo de muitos empreendedores.
Um exemplo desse tipo de startup é uma empresa de internet. No geral, é formada por jovens e a missão desse grupo é acompanhar a tendência de comportamento mundial, para atender suas demandas.
Com isso em mente, a empresa emergente consegue compreender, pontualmente, quais são as dores do seu público-alvo e como elas podem ser sanadas com a sua solução.
Além dos casos de startups que fazem do seu trabalho um estilo de vida, existem as que precisam se arriscar para cumprir suas funções, como as Buyable. Em português, o termo significa “comprável”, sendo exatamente isso que elas são.
Consideradas complexas, esses negócios precisam de grandes investimentos para serem concretizadas, tal como uma empresa de consultoria fiscal online. Por conta da relevância de seu segmento, é primordial que haja um bom desenvolvimento da ideia.
Para conseguir analisar o planejamento tributário empresarial, apuração de impostos diretos e indiretos, além das obrigações de acordo com a legislação, o desenvolvedor do projeto necessita de um bom financiamento.
Um outro tipo mais leve e sustentável de startup é a social, focada em promover o bem da sociedade por meio de seus serviços. Isso pode acontecer, por exemplo, no incentivo de projetos empreendedores locais.
Suponhamos que na região periférica de uma cidade haja um conjunto de empreendedores especialistas na produção de balcão caixa expositor. Além de gerar renda local, parte do dinheiro é destinada a instituições carentes.
No entanto, esse grupo empreendedor ainda não possui um sistema de administração empresarial. Portanto, podem ser auxiliados por uma startup social, que cuide desse conjunto de ações que, por fim, promovem o bem coletivo.
Por último, mas não menos importante, existe a Large-Company, ou seja, de grandes empresas que já estão em funcionamento, mas buscam alterações de suas estruturas e ofertas de serviços.
Assim, uma empresa de segurança para eventos pode atender a diversos estados brasileiros, porém, ainda é limitada em suas funções. Em vez de assegurar somente eventos, é possível expandir os serviços para outros tipos de proteção.
Com o auxílio de financiamentos, será possível não somente promover a segurança de outros locais, como também de pessoas jurídicas e figuras públicas, como cantores, atores e outros tipos de profissionais que precisam ser defendidos de ameaças externas.
Como investir em uma startup?
Após saber o que é uma startup e conhecer os seus variados tipos, é hora de compreender como investir em um desses modelos de negócio. Para isso, existem quatro tipos de investimentos mais comuns.
O primeiro deles é a opção das aceleradoras. Com elas, como o próprio nome diz, é possível acelerar os negócios, em busca de um destaque e evolução em pouco tempo.
A seleção para conseguir esse tipo de investimento é aberta a qualquer tipo de empreendedor. Basta escolher alguma instituição que ofereça esse tipo de financiamento, realizar um cadastro e entrar para o processo de análise.
Uma desvantagem desta alternativa é a alta competitividade entre as startups, contudo, existe uma segunda forma de conseguir investimento, com o auxílio de um chamado investidor-anjo.
Nesse caso, o capital investido em uma startup não vem de uma instituição, como acontece nas aceleradoras, mas sim, de uma pessoa física que aposta uma quantia no projeto, em troca de retorno sobre o valor aplicado.
Para conseguir esse tipo de investimento, é necessário que sua empresa de cursos online tenha uma ideia muito bem estruturada e apresentada, com projeções de despesas, lucros e todas as suas missões e funcionalidades detalhadas.
Outra forma de conseguir alavancar uma empresa emergente é por meio de capital semente, ou seed money. Nessa opção, o investimento, que pode variar de R$ 300 mil a R$ 2 milhões, é feito por um pequeno grupo de pessoas.
Como o próprio nome diz, o capital inicial será uma semente jogada em um território fértil que, para florescer e gerar frutos, precisa de tempo. Portanto, esses valores são investidos a longo prazo, cobrindo custos iniciais e materiais para início das atividades.
A quarta opção é o private equity, essencial para empresas que precisam de um salto de crescimento. O investimento funciona da seguinte forma, o empreendedor abre mão de parte de seus direitos, para que os investidores participem ativamente da gestão.
Considerações finais
O plano de carreira baseado no ingresso a uma organização tem sido deixado de lado nos últimos anos. No Brasil e no mundo, as chances para quem deseja ter o próprio negócio estão bem mais abrangentes.
Hoje, é possível que uma ideia inovadora, como acontece com as startups, consiga sair do papel e se transformar em uma fonte de lucro. Basta dar o primeiro passo até essa realização.
Tudo isso pode ser feito com o auxílio de investidores e uma pequena equipe. Inovar é a chave para alcançar destaque e sucesso atualmente, onde a variedade de empresas está cada vez maior.
Esse texto foi originalmente desenvolvido pela equipe do blog Guia de Investimento, onde você pode encontrar centenas de conteúdos informativos sobre diversos segmentos.