Se tem algo que realmente pode tirar nosso sono e comprometer até mesmo nossa autoestima, são as dívidas. Infelizmente, em tempos de crise como a atual, é muito comum se ver nessa situação nada agradável.
Aliás, é até estranho falar sobre “crise atual” no Brasil, pois a verdade é que nossa história é marcada por crises não apenas econômicas, mas também políticas e civis. Até no sentido de que estas é que costumam gerar os maiores problemas financeiros.
Basta considerar que uma decisão sobre a taxa Selic (Sistema Especial de Liquidação de Custódia), que ocorre lá no Bacen (Banco Central), pode impactar diretamente uma empresa de consultoria tributaria.
Ao mesmo tempo, tudo aquilo que impacta as empresas de venda e de serviços acaba impactando também, direta ou indiretamente, os consumidores. É aí que entramos nós, como pessoas físicas, e nossas possíveis dívidas e desafios.
Isso tudo sem citar problemas crônicos como inflação, recessão e falta de emprego. Ou ainda no fato de que o brasileiro também não é conhecido por ter uma educação financeira muito eficiente, haja vista que nem se aprende isso na escola.
De fato, só nos últimos anos, com a disseminação da internet, das redes sociais e de blogs que entram no assunto, é que nós começamos a buscar um pouco mais de orientação, exatamente com a ótica deste artigo que escrevemos sobre o assunto.
O importante é lembrar que o problema com dívidas é algo que pode chegar a gerar um quadro clínico nas pessoas. Tanto é assim que a psicologia já desenvolveu um termo, que se chama dinheirofobia, e que pode acometer qualquer um de nós.
Naturalmente, não se trata de uma fobia ocasionada pela presença de dinheiro, mas por sua falta, como quando uma pessoa trabalha em uma gráfica de impressão de folhetos e vive com medo de perder o emprego, mesmo que sem motivos.
Outro indício de que a questão já saiu do simples desafio para a esfera da doença psicológica é quando o indivíduo não consegue gastar seu dinheiro, mesmo que haja uma poupança razoável e que nada indique a necessidade de economizar.
É claro que todos precisamos ter uma reserva de segurança, assunto do qual trataremos abaixo. Mas deixar de comprar algo necessário ou mesmo de satisfazer uma vontade acessível não é algo que põe em risco a poupança de alguém.
Portanto, é preciso ficar de olho nesses riscos e até mesmo começar a conscientizar as pessoas, funcionários e seus gestores sobre essa questão. Inclusive, hoje em dia, algumas empresas incluem essa pauta em sua cultura organizacional.
Ou seja, o RH (Recursos Humanos) e cada um de seus gestores, tutores e líderes em geral está habilitado para conversar sempre com os colaboradores, no sentido de verificar se está tudo bem quanto à vida financeira daquele funcionário.
Até porque isso pode impactar na vida e, portanto, na produtividade de alguém, como um profissional que presta consultoria fiscal especializada, que naturalmente precisa estar tranquilo consigo mesmo para fazer um bom serviço.
Por isso é que decidimos desenvolver este conteúdo especificamente focado na questão das dívidas, sobretudo para os casos em que uma pessoa já quitou suas pendências e agora quer saber o que fazer para não se endividar novamente.
Ou seja, no fundo, mesmo que você ainda esteja endividado, as dicas e conselhos que traremos abaixo também servirão para você, pois as medidas mais importantes a serem tomadas acabam sendo as mesmas, seguindo um padrão.
Junto a isso, também trazemos informações sobre o quanto é fundamental manter-se bem nesse aspecto, com conceitos e características que ajudam e muito na hora de dominar o tema de maneira realmente compreensível e abrangente.
Assim não ficamos apenas em generalizações. Como ao falarmos sobre negociação de dívidas, que é um aspecto fundamental aqui e que, portanto, merece exemplos bastante práticos, pedagógicos e ilustrativos.
Daí que seja interessante dar exemplos reais, como ao falar da relação de uma empresa da área de aluguel de endereço comercial com seus funcionários, pois é aí que está a riqueza do assunto e a melhor maneira de dominá-lo.
Afinal, tudo o que alguém que está com esse problema precisa é conseguir atinar para alguns pontos fundamentais, de modo a realmente virar uma chave em sua vida e passar a dominar suas finanças e gastos, em vez de ser dominado por eles.
Diante disto, se agora o seu interesse mais urgente e genuíno é justamente o de mergulhar de cabeça em dicas práticas para não se endividar nunca mais, ganhando a tranquilidade de dormir bem e responsavelmente, então é só seguir com a leitura.
Por que fazemos dívidas?
Uma coisa que pouca gente se pergunta é por que exatamente o ser humano faz dívidas. Em tese, todo mundo deveria ter o mínimo para seu sustento, ou será que se trata apenas daqueles que querem viver de luxos?
Na verdade, há mil e uma razões para nos endividarmos, de modo que não é possível listar todas. O ponto que pode ser tratado e que merece ser aprofundado é justamente o fato de que nos endividamos por gastar mais do que ganhamos.
Pode parecer redundante dizer isso, mas é o começo de uma conceituação essencial. Tal como com uma empresa da área de aluguel de escritórios, nossas finanças pessoais se dividem em duas colunas únicas.
Trata-se daquela divisão universal entre as entradas e as saídas, ou seja, o que se recebe e o que se gasta. No caso da empresa, esses dados são complexos, podendo incluir recebíveis jurídicos, fontes de investimento na Bolsa e muito mais.
No caso das pessoas físicas tende a ser algo bem mais enxuto, por concentrar-se sobretudo no salário. Começa a ficar mais interessante quando há investimentos feitos por essa pessoa, seja na Bolsa de Valores ou via poupança.
Ou ainda, quando estamos falando de finanças que incluem o salário de várias pessoas, como costuma ser em uma família onde os pais e os filhos trabalham, dividindo os encargos. Mas no caso pessoal, não costuma passar muito disso.
As saídas de uma empresa costumam ser igualmente puxadas, por envolver muitas contas e gastos com infraestrutura, folha de pagamento, manutenções e muito mais. No caso da pessoa física, são apenas contas comuns, tais como:
- Água e luz;
- Aluguel ou prestação da casa;
- Internet;
- Veículo e transporte;
- Convênio médico;
- Mercado e farmácia.
Então, voltando ao ponto, o principal motivo de nos endividarmos é que deixamos a coluna de gastos ultrapassar a coluna de entrada.
Outro símbolo universal para isso é dizer que precisamos ficar no azul, não no vermelho. Ou seja, é preciso garantir que haja mais ganho do que gasto.
Ao considerar tudo isso, fica muito mais fácil quitar dívidas e seguir firmemente com o propósito de, dali para frente, manter a situação estável e sustentável.
Negociação de dívidas
Um passo fundamental aqui é entender a importância da negociação, seja com banco, parentes ou quaisquer outros meios de contrair crédito.
O problema é que, como vimos acima, as dívidas podem nos impactar psicologicamente, então tem gente que ao se ver nessa situação recua, ficando com medo de entrar no assunto, o que só piora a situação e aumenta os encargos, juros e afins.
O que poucos sabem é que muitas vezes as instituições credoras já contam com isso, de modo que têm um quadro de gestão que permite fazer bons acordos. Assim, os juros param de correr e a dívida não se torna a famosa bola de neve de que tanto falam.
Então, um passo fundamental é sentar com seu credor e renegociar a dívida, sempre que houver uma dificuldade da sua parte, ou caso o seu quadro financeiro tenha mudado.
Renegociando preços e prazos
Muita gente fica na dúvida sobre o que levar em conta ao sentar-se com seu credor para negociar a dívida e realmente sair da situação.
Realmente, você não precisa ser o gerente financeiro de uma escola de cursos de vendas para saber que, se não fizer direito, estará na mesma situação daqui a alguns meses.
Então, foque nos preços e prazos. Ou seja, qual o valor total que a dívida terá após a renegociação, bem como as parcelas mensais em detalhes. Depois, o prazo aplicado para cada parcela e, claro, abatimentos se você antecipar alguma.
Coloque tudo no papel
Outra dica de ouro para evitar novas dívidas ou para não piorar a situação atual é colocar tudo no papel, o que obviamente pode ser também na tela do celular.
A ideia é que você racionalize toda sua vida financeira, dominando as duas colunas que citamos acima, de ganhos e gastos, assim como uma empresa que vende caderno personalizado e precisa ter controle total do seu caixa.
Falando em tela de celular, hoje já existem aplicativos, alguns gratuitos até, que ajudam você a registrar e mensurar cada movimento que faz, do salário que caiu na conta a uma passadinha na farmácia ou no posto de gasolina.
Considerações finais
Falar em quitar dívidas, renegociar e como evitar que elas voltem a surgir no seu horizonte, é algo que pode melhorar consideravelmente sua qualidade de vida.
Com os conceitos básicos e as dicas práticas que trouxemos acima, fica bem mais fácil e mais seguro tomar decisões realmente positivas e sustentáveis.
Esse texto foi originalmente desenvolvido pela equipe do blog Guia de Investimento, onde você pode encontrar centenas de conteúdos informativos sobre diversos segmentos.