Nos últimos anos, o Brasil tem verificado um crescimento considerável de pessoas que buscam uma educação financeira melhor. Isso inclui soluções como fazer investimentos por conta, inclusive em termos de resultados a curto prazo.
De fato, não podemos nos esquecer de que o Brasil é um país de terceiro mundo, cuja população quase sempre ignorou dados básicos de economia rudimentar e princípios de gestão de patrimônios, finanças, poupança e investimentos no geral.
Nem se trata de falar de princípios como “avaliacao de ativo fixo”, ou o cálculo EBITDA de uma indústria multinacional. Mais de 40% dos brasileiros, que conseguem poupar um dinheirinho no fim do mês, deixam o valor parado no banco ou mesmo em casa.
Os dados são da Associação de Educação Financeira do Brasil (AEF), que no mesmo levantamento detectou que, apesar disso, nos últimos 5 anos a educação financeira cresceu mais de 75% em todo o país, sobretudo por iniciativas de cursos livres.
Ou seja, o cenário realmente está mudando para melhor, e é justamente aí que entra o papel dos investimentos, especialmente aqueles que são considerados de baixo risco e podem trazer resultados mais rápidos (entre 3 e 12 meses, conforme o consenso da área).
Lembrando que tanto uma pessoa física quanto uma pessoa jurídica podem fazer esse tipo de investimento. Por exemplo, uma assistencia tecnica apple iphone pode desenhar um fluxo de caixa que permita alocar um valor mensalmente que gere rentabilidade.
No fundo, tudo aquilo que não esteja parado na poupança (que costuma cobrar ou render apenas acima da inflação, o que é pouco) ou mesmo na conta corrente (que não gera nada e ainda diminui o poder de compra da unidade monetária) pode render.
Portanto, investimentos seguros e de curto prazo podem ir muito além da segurança financeira e da tão desejada conquista da independência. Pode mesmo fazer parte de uma estratégia mais ampla por parte de empresas e marcas.
O mais bacana é que as dicas que vamos abordar aqui podem ser absorvidas por qualquer um dos perfis, mostrando resultados universais e abrangentes. Então, é hora de pegar um caderno de anotacoes personalizado e tomar nota de tudo o que diremos abaixo.
Ou seja, se você quer simplesmente atingir uma rentabilidade sustentável, segura e rápida, por qualquer motivo que seja, basta seguir adiante na leitura.
Afinal, o que é um investimento?
Tudo começa por uma definição técnica, então precisamos dizer que investimento nada mais é que um valor aplicado com vistas a uma rentabilidade positiva.
Por isso, dinheiro parado na poupança pode ser considerado um tipo de investimento, embora seja o menos lucrativo que se pode encontrar no mercado.
O mais conhecido de todos, fora esse, deve ser o do investimento em ações de empresas, que ocorre nas famosas Bolsas de Valores (como a Bovespa, que fica em São Paulo).
Ali estão cadastradas as empresas que têm capital aberto e que podem ir desde grandes indústrias do setor primário, até empresas do terciário.
Aliás, isso está cada vez mais na moda, tendo em vista o avanço do setor de serviços ligados ao mundo corporativo, como ambiente coworking e startups que têm ideias revolucionárias nesse sentido de simplesmente facilitar a vida das empresas e das pessoas.
Mas, além da poupança da Bolsa de Valores, também existem outras modalidades, que podem incluir as seguintes frentes:
- Investimento no Tesouro Direto;
- CDB (Certificado de Depósito Bancário);
- LCI (Letra de Crédito Imobiliário);
- LCA (Letra de Crédito do Agronegócio);
- Fundos de Investimentos.
Em termos de prós e contras, vários fatores podem ser levantados, indo muito além da questão do tempo de retorno ser ou não de curto prazo.
Por exemplo, o potencial de retorno, que está diretamente ligado ao risco e do qual já falamos acima. Outras ponderações podem incluir a simplicidade e a praticidade, a questão da diluição de custos, da liquidez diária, das taxas de custódia, os limites de aplicação, etc.
1. O Tesouro Direto Selic
Que tal um título público garantido pelo próprio Tesouro Nacional (que representa o conjunto dos recursos e meios financeiros submetidos ao próprio Estado Brasileiro)?
Trata-se do Tesouro Direto, provavelmente o investimento de curto prazo mais conhecido do país, e certamente o mais seguro deles, perfeito para quem realmente não quer contar com surpresas ou possíveis prejuízos.
Esse recurso foi implementado pela própria Central Depositária em parceria com a Bovespa e tem muitas diferenças em relação a um investimento comum em ações.
Se você investe em um negócio comum, como uma empresa entrega encomendas, se submete aos riscos típicos de mercado. No caso do Tesouro Direto a relação de causa e efeito se dá diretamente com a Dívida Pública Federal.
Nesse sentido, a flexibilidade na escolha de títulos, além dos custos gerais e dos indexadores de prazos são mais customizáveis e até mais dinâmicos.
Ademais, todo mundo que é do meio ouve falar sempre na queda da Taxa Selic, que realmente tem toda ligação com esse investimento. Porém, mesmo nesses casos, o rendimento continua sendo considerado bom, graças às margens e ao prazo curto.
Outro ponto bacana é que o IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) não é tributado neste caso, desde que o investimento passe do prazo mínimo de 30 dias.
Por fim, há uma proposta de democratização em permitir o investimento no Tesouro Direto, pois com ele as pessoas físicas passam a ter acesso a uma administração de seus próprios recursos, de modo a ainda poder adequar os próprios prazos e expectativas.
Antes, pessoas físicas que quisessem investir precisavam fazer uma espécie de consórcio, como membros de uma firma de administracao de restaurante corporativo, que aproveitavam o caráter corporativista da atividade como agente de custódia.
O Tesouro Direto também tem a função de transações operadas por meio de Agente de Custódia, seja como um profissional da área que presta serviço ou mesmo instituições bancárias que atrelam suas plataformas diretamente à Central Depositária.
Nos dois casos, a pessoa física tem o suporte de que precisa para a compra e venda de títulos. Mas também há a chance de fazer diretamente pela internet, no nome da pessoa física e em tempo real, desde que ela domine o assunto.
Mesmo nesse caso, é preciso ter uma conta de cadastro que agirá como se fosse um agente de custódia, mas a diferença é que toda a usabilidade do site é feita por meio do CPF (Cadastro de Pessoa Física) e não necessariamente por uma PJ (Pessoa Jurídica).
2. Sobre Fundos de Curto Prazo
Esses fundos de curto prazo não têm ligação direta com o governo ou com o Tesouro Nacional, mas são considerados de baixo risco quando comparados a outros igualmente privados.
Além disso, também é interessante citá-los agora, pois a rentabilidade desses investimentos costuma ter relação quase que direta com a Taxa Selic. Ou então com os CDIs (Certificados de Depósito Interbancário), dos quais ainda falaremos abaixo.
Lembrando que os fundos podem ser de vários tipos, sendo os mais comuns:
- Fundos de Ações;
- Fundos de Renda Fixa;
- Fundos Cambiais;
- Fundos da Dívida Externa;
- Fundos Multimercado;
- Fundos Imobiliários.
No primeiro caso, o de fundos de ações, temos um ótimo meio-termo para quem acredita nas operações ligadas a empresa. A pessoa pode optar por um setor que prefira, como tecnologia e uma firma de controle de acesso biometrico.
Então, ela faz investimentos de curto prazo em empresas dessa área, só que por meio de cotas, que é como funcionam os fundos. Os cotistas simplesmente assumem carteiras pré-definidas e com regras que facilitam bastante as operações.
Além de haver profissionais fazendo a intermediação, esses investimentos são regulamentados pela própria ANBIMA, que é a Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais.
3. Letras de Crédito Imobiliário
Acima prometemos explicar melhor os CDIs, que são os Certificados de Depósito Interbancário, fundamental para entender o universo dos investimentos de curto prazo, e sobretudo os de LCI, que são as Letras de Crédito Imobiliário, nossa terceira e última dica.
Bem, os CDIs são títulos emitidos pelos bancos, como forma de aplicação de recurso excedente, tendo um papel objetivo igual ao da Taxa Selic, só que em outra esfera.
Por isso, serve como medida para investimento de curto ou mesmo de médio e longo prazo, como as LCIs, que podem render acima de 100% do CDI.
No caso específico dessa modalidade, além do ajuste baseado em uma medida objetiva, existe a proteção do famoso FGC, que é o Fundo Garantidor de Créditos.
Hoje, o FGC funciona mais ou menos como um documento que endossa a circulação de um investidor por determinadas instituições ou conglomerados. Por comparação, seria mais ou menos como uma emissao de avcb para comercio.
Graças ao AVCB, que é o Auto de Vistoria do Corpo de Bombeiros, um estabelecimento opera com mais segurança. Também assim, o FGC dá mais segurança, tanto para investimentos de curto prazo por CPF quanto por CNPJ.
Considerações finais
Com isso chegamos ao fim, deixando claro que esses 3 investimentos indicados podem dar um norte bastante seguro para qualquer pessoa fazer investimentos de curto prazo.
Por isso, considere o panorama que traçamos aqui, demonstrando como esse tipo de ação tem sinergia com o momento que vivemos atualmente.
Esse texto foi originalmente desenvolvido pela equipe do blog Guia de Investimento, onde você pode encontrar centenas de conteúdos informativos sobre diversos segmentos.