Já não é segredo para ninguém como é bom estar em dia com as contas e com as principais demandas financeiras da vida, o que nem sempre é possível. A novidade está em conseguir fugir das dívidas e desenvolver um hábito saudável quanto a isso.
De fato, já existe até um quadro clínico que define melhor essa realidade, justamente porque ela impacta o ser humano em vários sentidos. Não se trata apenas de ter ou não ter determinada quantia de dinheiro, mas sim, de fatores psicológicos.
Ou seja, além da abordagem financeira que uma empresa especializada em contabilidade pode fazer da realidade do dinheiro na rotina de um negócio, existe também um aspecto pessoal que impacta diretamente na vida dos funcionários.
O termo criado para remeter a esse quadro é o de dinheirofobia, não no sentido de medo da presença do dinheiro, mas da ausência dele, obviamente. Outra extensão desse termo é a de estresse financeiro, que já mostra a tônica dessa situação toda.
Isto é, o fato de que essa ocorrência costuma acarretar estresse nos pacientes que sofrem desse problema. Na verdade, essa é apenas a descrição inicial, porque o quadro como um todo pode desencadear também ansiedade, angústia e até depressão.
Tanto que nem sempre ele vai acompanhado da ausência total de dinheiro, mas também de casos em que a pessoa deixa de consumir o básico para evitar as dívidas. Por exemplo, algo como um computador novo, mesmo que seja para trabalho.
Neste sentido, deixar de comprar o básico ou mesmo o necessário, mesmo quando não existe uma razão negativa para isso, é algo que pode apontar para uma aproximação desse quadro. Por outro lado, fugir das dívidas de modo virtuoso é necessário.
Inclusive, salvo o caso em que há esse quadro psicológico, o mais indicado é justamente que a pessoa aprenda a economizar dinheiro, mesmo quando não houver uma necessidade urgente para isso. Além de fazer uma poupança, isso desenvolve um hábito positivo.
Exatamente por esta razão é que decidimos desenvolver este texto, explorando aqui os hábitos que mais podem ajudar a evitar problemas financeiros, como as dívidas que vão se amontoando e que, em alguns casos, chegam a gerar juros e aumento crescente.
Um ponto bem interessante é justamente o fato de que este assunto serve para todo tipo de pessoa, sem restrições quanto à profissão ou idade, seja para um diretor de uma multinacional ou um vendedor júnior de agência de turismo.
Em todo caso, é preciso ter a virtude, a disciplina e o autodomínio de saber o que fazer com os próprios recursos financeiros. Inclusive, quem desenvolve isso ganha também em termos de autocontrole em outras esferas da vida.
Por esta razão, se o seu desejo é justamente o de aprender a desenvolver esses hábitos em si mesmo, basta seguir adiante na leitura deste material, que foi especialmente desenvolvido para isso.
Economizar vs. endividar-se
Antes de tudo, é preciso deixar claro que existe uma diferença muito grande entre fugir das dívidas (ou deixar de endividar-se), e economizar dinheiro.
No fundo, o ideal é que fugir das dívidas seja apenas um caminho para começar a economizar. Até porque, não é possível dar o primeiro passo sem antes desenhar todo um planejamento financeiro, que consequentemente levará à economia.
Afinal, para quitar suas dívidas ou ao menos parar de se endividar, é preciso saber quanto exatamente você ganha, quanto gasta, como poupar, quais as prioridades e daí em diante.
É claro que uma pessoa física não precisa ter um software de gestão comercial ou fazer um balanço mensal complexo, com fluxo de caixa e tudo o mais.
Contudo, os princípios que uma empresa segue são bem parecidos com os que uma pessoa física pode seguir para fazer a administração das finanças do lar. Por exemplo, dividir tudo nas duas colunas que citamos, uma de entrada e outra de saída.
O esforço por permanecer no azul e fugir do vermelho também é o mesmo. Afinal, em qualquer realidade da vida, gastar mais do que se ganha é um caminho certo para ter problemas sérios com as finanças em algum momento.
Deste modo, outros elementos essenciais de uma vida financeira virtuosa podem incluir os seguintes fatores:
- Ter um planejamento;
- Criar metas e objetivos claros;
- Negociar dívidas mais caras;
- Sair da cobertura de juros pesados;
- Tomar nota de tudo;
- Negociar com os seus credores;
- Enxugar e cortar gastos fixos;
- Buscar rendas extras;
- Estudar mais educação financeira.
Enfim, são vários pontos que vão muito além do básico ou mesmo além da simples fuga das dívidas, já que elas próprias podem estar envolvidas com aspectos mais abrangentes.
Adiante aprofundaremos esses pontos. O que precisa ficar claro desde já é que deixar de fazer dívidas ou mesmo quitá-las é algo que depende dessa visão mais holística sobre a realidade financeira do ser humano.
1. Cuidado com os cartões
É conhecido o caso das pessoas que usam o cartão de crédito além do que deveriam, de modo que a maioria das dívidas costuma vir mesmo daí.
Utilizar o cartão é algo cada vez mais cômodo, mais comum e até mesmo mais seguro, pois os mecanismos de segurança e de sigilo que os bancos e administradoras inventam são muitos. Contudo, é preciso ter disciplina pessoal para isso.
Realmente, não é obrigação do banco ou da empresa preocupar-se com você, afinal, eles nem sequer conhecem suas finanças pessoais, então você precisa ter cuidado com o cartão de crédito, aplicando também a ele o planejamento financeiro citado acima.
Em alguns casos, por exemplo, se você compra qualquer coisa mais cara, ou passa um serviço como sala coworking no seu cartão e depois quita a fatura no prazo, provavelmente eles vão aumentar seu crédito, entendendo que você tem controle.
É nesse tipo de medida que muitas vezes as pessoas acabam se perdendo. Logo, é preciso ter a frieza e a disciplina sempre, pois esse é um dever pessoal de cada um de nós.
2. Sempre pesquisar bem
Outra dica que pode parecer óbvia, mas que pouca gente realmente entende ou coloca em prática, é a de pesquisar bem antes de arrematar uma oferta ou parcelar algo.
Um ponto fundamental ao falar disso é que existe a internet como um elemento facilitador, inclusive com plataformas nas quais você insere o nome de um produto e elas automaticamente trazem os resultados mais em conta.
Há plataformas comerciais que fazem isso, como ao tentar comprar folders empresariais, mas também algumas de comparativo de preços de produtos populares, desde roupas e relógios até alimentação, que precisa ser entregue no mesmo dia.
O detalhe é que se tornou hábito ter cartão de crédito com a bandeira das lojas, então algumas pessoas acabam comprando tudo sempre no mesmo lugar.
A dica para não cair em dívidas excessivas é sempre procurar preços melhores, pois às vezes ele está fora do seu círculo habitual de compra e acesso mais corrente.
3. Sente para negociar
Outro passo fundamental para quitar os seus débitos é saber sentar com seus credores ou com o gerente do banco e conversar a respeito.
Como vimos no começo, a vida financeira é algo que envolve nossa realidade psicológica, então alguns acabam fugindo da situação, o que não adianta.
A grande dica aqui é colocar tudo às claras, especialmente no sentido de descobrir qual o tamanho do prejuízo, sobretudo quando há juros rolando.
Mesmo empresas fazem isso às vezes, como uma firma de escritórios virtuais que pode precisar acessar um fundo de investimento e negociar essas condições.
No caso da pessoa física, o mais aconselhável é negociar as dívidas com foco nos juros mais altos, trocando esse endividamento por outros em que não há juros tão altos.
Além disso, negociar quase sempre permite congelar os juros, de modo que você divide o montante em parcelas mensais e torna possível a quitação, por mais que demore.
4. Tenha metas pessoais
Por fim, há um princípio que diz que se o homem quer chegar na Lua, precisa mirar as estrelas. Ou seja, é preciso sempre ter metas agressivas que nos forcem a evoluir.
No caso da superação das dívidas vale a mesma regra, de maneira que é preciso colocar objetivos claros, como economizar mensalmente, semanalmente e até diariamente.
É mais ou menos como fazer uma dieta. Por exemplo, ao passar pela catraca ou pelo controle de acesso da firma na hora do almoço, você já precisa ter o propósito definido de não gastar mais do que deveria antes de voltar.
Assim, com metas tão claras e diárias, é mais fácil ir se regrando e se policiando, pois o problema não vai crescendo até o fim do mês, e você o percebe antes.
Considerações finais
Finalmente, deixamos claro que fugir das dívidas é algo mais complexo do que pode parecer em um primeiro momento, por envolver muitos desafios pessoais e até psicológicos, mas também é algo perfeitamente possível e urgente.
Com os 4 hábitos que listamos acima, de tomar cuidado com o cartão de crédito, pesquisar bem antes de comprar algo, sentar-se para negociar as dívidas pendentes e ter metas pessoais claras, qualquer um já pode entrar nisso com o pé direito.
Esse texto foi originalmente desenvolvido pela equipe do blog Guia de Investimento, onde você pode encontrar centenas de conteúdos informativos sobre diversos segmentos.