O ano de 2017 foi marcado pelo encerramento de uma das piores crises que o Brasil já enfrentou. Isto pôde ser percebido pelos números finais de vários setores da economia, pela inflação dentro da meta, a taxa Selic em queda e bons desempenhos dos mercados financeiros. Confira na imagem abaixo alguns destes números, comparados com o ano de 2016:
A situação política teve mais um ano de agito. A operação Lava Jato teve alguns acontecimentos marcantes, como por exemplo a descoberta das gravações que revelaram esquemas entre Joesley Batista e alguns políticos, que também trouxeram à tona delações. Estes acontecimentos acabaram tendo grandes impactos na economia e no mercado financeiro, como por exemplo no vazamento de delações no dia 17 de maio, que chegou a causar o fechamento da bolsa de valores brasileira, a B3.
Também tiveram grandes repercussões e impactos as pautas de reformas propostas pelo Governo, como a Reforma Trabalhista, que passou a vigorar a partir de Novembro, e a Reforma de Previdência, que será votada no próximo ano.
A safra também colaborou para o crescimento da Economia. Este fator junto com os ajustes nos preços fez com que a inflação passasse por um período de queda, atingindo o piso da meta de 3%. Isso permitiu a continuidade na redução da taxa básica de juros, a Selic, para a casa dos 7%. O PIB voltou a apresentar crescimento e o índice Ibovespa, representando as principais ações listadas na B3 chegou a fazer marcas históricas. Por conta da redução da inflação e da Selic, ocorreram muitas migrações de investimentos em renda fixa para a renda variável.
Ainda falando da Bolsa, o ano foi marcado por um aumento no número de empresas que abriram seu capital. As dez empresas que entraram na B3 foram: Carrefour, BR Distribuidora, Irrbbrasil Re, Azul S.A, Ihpardini, BK Brasil, Camil, Movida e Omega Ger. Destas empresas, 9 já representam 2,62% do valor das empresas listadas na B3.
Outro destaque, não só no Brasil, mas no mundo todo, foi o crescimento das criptomoedas. Várias moedas passaram a fazer parte dos investimentos de muita gente, com maior destaque para o Bitcoin. No Brasil, o investimento em moedas virtuais chegou a superar a Bolsa em números de investidores.
Em relação ao desempenho das aplicações financeiras em 2017, considerando apenas investimentos regulamentados, o grande destaque ficou justamente para o índice Ibovespa, seguido pelo Euro e pelo Ouro. A tradicional caderneta de Poupança teve mais um ano com números baixos, de gráfico do G1:
2018
O ano de 2018 deve ser marcado por mais um ano par recuperação da economia, para trazer o país de volta aos números pré-crise. Porém, teremos um acontecimento importante que pode mudar as coisas: as Eleições. O cenário das eleições ainda não está 100% definido, porém já existem uma série de rumores sobre quem serão os presidenciáveis. Fala-se desde o ex-presidente Lula, de nomes que já são bem conhecidos na política, como o Geraldo Alckmin, Marina Silva e Ciro Gomes, nomes que trazem bastante polêmica, como Jair Bolsonaro, e nomes que correm por fora, como Luciano Huck, Joaquim Barbosa e Henrique Meirelles. Por conta de cada um dos nomes, os economistas formam cenários que podem impactar na economia, principalmente falando da realização de reformas necessárias para crescimento do país. Outros fatores como a Lava Jato e a Copa do Mundo, fora acontecimentos internacionais, não devem ser deixados de lado como possibilidades de tirar foco das atenções.
De maneira geral, continua sendo importante ter uma segurança na renda fixa, porém, conforme mostrado, investimentos na renda variável, com estratégia e conhecimento, não devem ser desconsiderados.
Feliz 2018!