A educação financeira é um tema importante desde a infância porque os brasileiros estão entre os mais inadimplentes do mundo.
Tanto é que, de acordo com uma pesquisa realizada pelo Raio-X do Investidor, 62% da população do Brasil não conseguiu guardar dinheiro em 2019, começando 2020 sem nenhum tipo de reserva.
Isso acontece justamente porque a educação financeira não faz parte da cultura brasileira e não é passada de geração para geração.
Para se ter uma ideia, apenas 21% dos usuários de internet do Brasil recebem orientações sobre como cuidar das finanças logo na infância. Quanto ao restante, 38% receberam orientações na adolescência e 14% na vida adulta.
Esses números mostram por que os brasileiros estão tão endividados, e de acordo com a Associação de Educação Financeira do Brasil (AEF), 60 milhões de pessoas estão inadimplentes ou endividadas, com o nome negativado em órgãos de proteção ao crédito.
Mas, é muito importante mudar essa realidade e começar a falar com as crianças sobre as finanças desde cedo.
Neste artigo, vamos explicar a importância da educação financeira, quando começar a falar sobre dinheiro com as crianças e dar algumas dicas para fazer isso.
Por que a educação financeira é importante?
A educação financeira é importante para conscientizar as crianças e fazer com que se tornem adultos mais responsáveis com o próprio dinheiro.
Elas compreendem a necessidade do planejamento financeiro, evitam gastos desnecessários e endividamento.
Com isso, se tornam cidadãos de pensamento crítico em relação à maneira como devem cuidar do dinheiro. Ela compreende de que maneira deve gastá-lo, a importância de poupar e até opções de investimento.
Se a criança compreende a importância dos cuidados com as finanças, também entendem porque precisam usar crachá de identificação infantil na escola.
A educação financeira está além dos modos como alguém lida com o dinheiro, pois faz com que o indivíduo entenda que suas atitudes têm consequências.
Por exemplo, conversar com uma criança sobre o desperdício de alimentos mostra que o dinheiro foi mal gasto e faz com que elas reflitam sobre aqueles que não têm o que comer em casa.
Portanto, ela aprende duas coisas ao mesmo tempo que são essenciais para o seu desenvolvimento como ser humano.
Também é uma maneira de incentivar o empreendedorismo, o que acaba por contribuir com outros aspectos, como:
- Desenvolvimento da ética;
- Responsabilidade;
- Autoestima;
- Liderança.
Mas, existe o momento certo de começar a falar sobre dinheiro com as crianças? No próximo tópico, nós vamos descobrir.
Quando falar sobre dinheiro com as crianças?
Uma criança de apenas 2 anos pode se divertir tentando encaixar as moedas pela fenda do cofrinho, algo que parece trivial para os adultos, mas que tem muito a ensinar para um bebê.
As crianças têm à disposição diferentes recursos educacionais, desde um jogo até impressão de livros capa dura.
O cofrinho é um mero exemplo, e existem jogos mais seguros e maiores para crianças tão pequenas encaixarem.
Entretanto, assim como muitas outras coisas, não existe uma fórmula pronta para começar a falar sobre dinheiro com os pequenos.
Noção de dinheiro, na verdade, é algo abstrato, que aceitamos como valor, mas que não tem valor intrínseco, por isso, é difícil para a criança entender certas coisas e os pais, assim como outros familiares, não devem forçar esse entendimento.
O momento certo pode ser aquele em que a criança começa a perguntar sobre assuntos relacionados, por exemplo, quando pedir para os pais comprarem alguma coisa.
Nessa idade, a criança já compreende que o dinheiro tem uma função de troca, além disso, é possível iniciar uma conversa sobre educação financeira falando sobre trabalho, de modo a explicar que ao cumprirem algumas tarefas, as pessoas são remuneradas.
Por exemplo, se os pais prepararam uma festa de aniversário com banner infantil personalizado para uma criança de 6 anos, pode explicar que o objeto custou determinado valor e que por isso é necessário ter cuidado com ele durante a celebração.
Algumas pessoas não acham correto vincular a ideia de trabalho a dinheiro, pois isso ajuda o pequeno a escolher sua profissão, levando em consideração suas aptidões e gostos pessoais.
Sendo assim, ele não vai escolher uma carreira apenas pelo dinheiro, mas sim, considerando aquilo que realmente gosta de fazer.
Desde pequenas, as crianças precisam se familiarizar e compreender o papel do dinheiro na sociedade, e o poder que ele tem de prover recursos e ajudar a realizar sonhos.
Por exemplo, se a família está organizando uma viagem, pode explicar para a criança que vão guardar uma quantia todos os meses para poder viajar.
Portanto, não existe uma idade certa para começar a fazer isso, é necessário apenas monitorar o interesse dos filhos sobre o assunto, e a partir disso começar a introduzi-lo.
Levar a criança para comprar jogos pedagógicos para alfabetização é um bom momento para começar a falar sobre dinheiro, e para te ajudar ainda mais, separamos algumas dicas importantes no próximo tópico.
Dicas para falar sobre dinheiro com as crianças
No dia a dia, várias se tu ações podem ser usadas para falar sobre dinheiro com os filhos, e algumas dicas nesse sentido são:
Envolver as crianças nas decisões financeiras
A prática é a melhor maneira de entender alguma coisa, por isso, deixe os pequenos participarem de algumas decisões financeiras, pois isso, vai chamar a atenção deles sobre o assunto.
Isso pode ser ainda mais proveitoso com crianças que já sabem fazer alguns cálculos simples.
Por exemplo, separe uma quantia para as compras do mês e peça para a criança somar o valor de cada produto inserido no carrinho, até o limite estipulado.
Se você precisa comprar alguma coisa, e dentre as opções disponíveis existe uma marca oferecendo brinde personalizado, peça para o seu filho analisar qual dessas opções é mais vantajosa.
Ensinar a poupar
A mesada não é apenas um dinheiro que a criança recebe todos os meses, mas também uma oportunidade de aprender a administrar o próprio dinheiro. Por meio dela, a família pode ensinar sobre planejamento e organização.
O cofrinho também é um bom recurso, e a criança pode guardar o dinheiro dentro dele para conquistar um objetivo.
Ensinar sobre investimento pode seguir pelo mesmo caminho, acrescentando os juros referentes ao valor guardado, caso a quantia seja mantida por um tempo.
É uma forma de fazer investimentos compatíveis com a idade e com isso sentir os benefícios de poupar.
Para crianças muito pequenas, os pais podem estimular a poupança para comprar algo simples, como squeeze personalizado infantil.
Converse sobre o valor e peça para que ela acompanhe o crescimento do dinheiro ao longo do tempo, até chegar ao preço do produto que quer comprar.
Utilizar recursos lúdicos
Atividades lúdicas, como histórias, brincadeiras e jogos ensinam muitas coisas para as crianças, e a educação financeira é uma delas. Tanto é que existe uma grande quantidade de opções para explorar esse assunto.
Tanto as famílias quanto as escolas podem usar as atividades lúdicas, como no caso do jogo Banco Imobiliário, dentre outras brincadeiras.
Ser um exemplo financeiro
A educação parte de casa e os primeiros exemplos das crianças são os pais e responsáveis.
Assim como uma empresa investe em um quadro de gestão para administrar os colaboradores, as pessoas utilizam seus recursos para administrar suas finanças.
Dentro de casa, os pequenos observam a maneira como os adultos fazem as coisas, e a educação financeira também parte desse princípio.
Lembre-se de que seus filhos vão se inspirar em você, por essa razão, será uma referência quando o assunto for dinheiro. Se você quer que eles tenham uma vida financeira saudável, precisa ser o exemplo.
Pais que gastam mais do que recebem ou que compram por impulso, assim como aqueles que não sabem organizar o dinheiro, formarão filhos que agirão da mesma forma.
Mesmo que você tente ensinar diferente, elas percebem uma contradição entre aquilo que falam e o que fazem.
Por isso, a educação financeira deve ser uma atividade para a família toda, pois os exemplos ensinam mais do que as palavras.
Se você pretende pagar pelo aluguel de sala de estudo para os seus filhos, converse com eles sobre os valores, por que o investimento vale a pena, dentre outras informações importantes.
Considerações finais
Frequentemente, vemos filhos adultos e casados que constantemente precisam de auxílio financeiro dos pais, que também precisaram do auxílio financeiro de outras pessoas.
Esse comportamento passado de geração em geração explica a ausência da educação financeira desde a mais tenra idade.
Por outro lado, pessoas independentes financeiramente são aquelas que souberam se organizar e controlar as finanças, conquistando assim a Independência financeira. Se é isso que você deseja para os seus filhos, deve conversar sobre dinheiro com eles desde já.Esse texto foi originalmente desenvolvido pela equipe do blog Guia de Investimento, onde você pode encontrar centenas de conteúdos informativos sobre diversos segmentos.