Uma situação muito comum é quando vamos ligar algum equipamento e este não funciona. Hoje mesmo fui ligar o fogão elétrico de onde eu moro e este não estava esquentando. Nessas situações, acabam vindo vários sentimentos e pensamentos a tona, como raiva, stress e frustração, porém, equipamento têm uma série de componentes que estão sujeitas a problemas e também possuem “prazo de validade”. O que cabe a nós fazer é verificar se compensa mais mandar arrumar ou adquirir um novo equipamento.
Garantia
Primeiramente, quando adquirimos equipamentos novos, é importante ficarmos atentos às condições de garantia e guardar a nota fiscal, pois, em caso de falhas, podemos ter a cobertura desta. A fim de assegurar aos consumidores a qualidade, eficiência e durabilidade de um produto, o código de defesa do consumidor categoriza três tipos de garantia:
i) Garantia Legal: o consumidor tem 30 dias para reclamar de problemas com o produto se ele não for durável (alimentos) ou 90 dias se for durável (eletrodomésticos, carros). Além disso, no caso de um defeito não aparente, que se mostra depois de um certo tempo, o prazo começa a contar a partir do momento em que o defeito é constatado.
ii) Garantia Contratual: é a garantia que o fabricante ou fornecedor acrescenta a seu produto, de caráter não obrigatório. A vigência começa a partir da data de emissão da nota fiscal, com prazo e condições impostas pela empresa.
iii) Garantia Estendida: esta é normalmente oferecida pelas lojas. Não há relação com o fabricante, funcionando mais como um seguro. Nessa modalidade existem a garantia original (igual à garantia original de fábrica), a original ampliada e a diferenciada (menos abrangente que a original).
Para o Instituo Brasileiro de Defesa do Consumidor, Idec, na maioria das vezes a garantia estendida não compensa, a não ser quando o contrato oferecer alguma vantagem real.
No caso do fornecedor ou fabricante não sanarem o problema do produto em até 30 dias, o consumidor pode exigir um produto similar, a restituição imediata da quantia paga ou o abatimento proporcional ao preço.
Consertos e Reformas
Em muitos casos, o simples reparo do equipamento com defeito acaba sendo uma boa opção, economicamente falando. Em reportagem feita em julho de 2016, o Correio de Uberlândia visitou estabelecimentos de assistência técnica e verificou que é possível consertar objetos com custo menor do que 50% do valor do produto novo. Os reparos mais caros ficam, em média, 30% do valor de um aparelho novo.
Em época de crise, verificou-se que a manutenção de televisores e computadores acaba compensando, devido ao alto preço dos novos produtos e a crescente disponibilidade de peças no mercado. Outras categorias de produtos, como calçados, roupas, estofados e geladeiras também se mostram vantajosas.
O caso de aparelhos mais baratos, como por exemplo, produtos importados da China, acaba, de modo geral, não valendo a pena.
Em artigo do portal IG, o diretor técnico do grupo CT informa que cerca de 80% dos consertos custam menos da metade de um aparelho novo.
De modo geral, a sugestão é que os produtos sejam consertados quando o valor da manutenção não ultrapasse 50% do preço de um produto novo.
Comparando Preços
Quando nota-se que vale mais a pena comprar um produto novo, ou que não há conserto, inicia-se a fase de levantamento dos preços. É importante não sair comprando já de cara, mesmo que seja urgente, pois há formas bem simples de fazer uma comparação básica.
Uma primeira opção é levantar o preço dos produtos usados. Em muitos casos, as pessoas compram coisas que acabam não precisando ou usando tanto, e acabam se desfazendo, muitas vezes, com o artigo praticamente novo. Dessa forma, é possível pesquisar preços desses artigos de algumas formas:
– Mercado Livre: foi fundado em 1999 na Argentina. É uma empresa de tecnologia que oferece soluções de comércio eletrônico para que pessoas e empresas possam comprar, vender, pagar, anunciar e enviar produtos por meio da internet. Opera hoje em 14 países.
– OLX: foi fundada em 2006 no Brasil. A empresa publica anúncios classificados na internet. Hoje está presente em 118 países
– Grupos de Trocas e Vendas do Facebook: são muito comuns hoje em dia, criados geralmente por regiões.
Para produtos novos, vale a pena comparar o preço nas diferentes lojas virtuais, por meio dos comparadores de preço:
– Buscapé : Foi criado em 1999 por quatro estudantes da USP. Hoje é um dos maiores sites de busca e comparação de preços de e-commerces da América Latina.
– Google Shopping: é integrado ao maior buscador do mundo, o Google. Foi lançado em 2011
– Zoom: Fundado em 2011, apresenta, além da busca e comparação de preços, o serviço Zoom Garante, que, no caso da loja não entregar o produto, quem resolve o problema é o próprio Zoom.
– Já Cotei: Compara os preços e ainda permite ganhar pontos ou milhas em programas de fidelidade
– Baixou: informa quando os produtos têm seus preços reduzidos
É sempre importante ficar de alerta com os fretes, pois, em muitos casos, eles chegam a superar o valor do próprio produto. Em alguns casos, é possível comprar pela internet e retirar em alguma loja física da marca (lojas como Ponto Frio, Casas Bahia e Saraiva possibilitam isso, que, na maioria dos casos, têm seus produtos na internet com preços mais baratos que na própria loja). Ficar atento à proximidade de datas especiais para descontos, como a Black Friday, também é um boa tática.
É sempre uma boa dar uma olhada para ver se não existem cupons de desconto para a loja em que se vai comprar o produto. O site Save Me é o maior agregador de cupons de desconto da América Latina, promovendo o encontro entre consumidores em busca de bons descontos e anunciantes com ofertas incríveis. Segundo o site, são mais de 50 mil ofertas de 300 lojas diferentes, R$ 4 milhões de reais economizados por mês. A empresa também faz parte da Buscapé Company.
Outra opção é o Cuponomia. Os cupons oferecidos são negociados diretamente com as lojas. Segundo o site, já foram mais de 10 milhões de cupons utilizados, R$ 150 milhões economizados e 2.500 lojas cadastradas.
A busca de produtos e seus preços em lojas físicas também não deve ser descartada. Comparar preços em lojas populares, supermercados, atacados, e na própria fábrica ou distribuidora (quando disponível) pode oferecer menores preços.
Conforme pode-se ver, mesmo no caso da quebra de um equipamento, é possível tomar medidas para economizar com a reposição!