Segundo dados da Associação Brasileira de Administradoras de Consórcios (ABAC), são mais de 15 meses sem retração no número de usuários de consórcios. O último levantamento feito pela associação aponta que o número atual de consorciados é 11% maior que em 2022 e o valor das cotas adquiridas cresceu 15,2% neste período, chegando a 9,5 milhões de usuários com um valor médio de R$74,13 mil cada.
Um levantamento recente feito pelo Klubi – primeira fintech a ter autorização do Banco Central para operar com consórcios no país – mostra que a adesão ao valor e o número de parcelas em consórcios automotivos varia de acordo com a faixa etária do cliente. Entre 20 a 29 anos, a busca é por planos no valor médio de R$60 mil, enquanto usuários da faixa de 30-39 e 40-49 anos, optam por valores maiores, que podem chegar a R$200 mil na plataforma.
Em paralelo, um levantamento recente da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), aponta que cerca de 37% dos brasileiros acreditam que o acesso ao crédito está “mais difícil”. Porém, 9,4 milhões de pessoas apontam que usam o consórcio como uma alternativa de planejamento financeiro, representando um aumento de 14,6% comparado a 2022, conforme dados da Associação Brasileira de Administradoras de Consórcios (ABAC).
De acordo com Eduardo Rocha, CEO e fundador do Klubi, existem várias vantagens desta modalidade no momento da contratação do crédito. Como requisitos mínimos, os consórcios exigem que o cliente tenha, no mínimo, 16 anos e forneça informações que comprovem seus rendimentos e situação fiscal. Além disso, Eduardo indica que “o valor da mensalidade não deve ultrapassar 30% dos seus rendimentos médios mensais”, explica.
Mas por que fazer um consórcio?
Segundo o CEO do Klubi, os consórcios estão se destacando no mercado por sua flexibilidade e facilidade. “Hoje em dia todos querem fugir das taxas de juros que chegam a inviabilizar a compra de um bem como um carro, por exemplo. Os consórcios não cobram juros e oferecem diversas possibilidades de planos, onde o usuário pode definir junto à administradora a quantidade e valor de parcelas contratadas.
Um outro ponto destacado por Rocha é a oportunidade de acesso ao crédito que os consórcios podem oferecer para os autônomos. Segundo dados do IBGE, mais de 25 milhões de pessoas no Brasil atuam como autônomas. “O consórcio está entre as alternativas mais viáveis para acessar o crédito, por conta da facilidade de comprovação de renda. A modalidade chegou a 9,5 milhões de usuários, mas possui um público endereçável de aproximadamente 100 milhões de brasileiros.”, explica.